As agências espaciais europeia e italiana assinaram hoje um acordo que permitirá operar o telescópio "FlyEye" ("Olho de mosca") no monte Mufara, na ilha siciliana.
Ao abrigo deste acordo, ambas as agências se comprometem, entre outras medidas, a evitar a poluição luminosa (causada pela iluminação exterior) num raio de 15 quilómetros.
O convénio foi assinado em Villanueva de la Cañada, em Espanha, à margem da reunião ministerial intermédia preparatória do próximo conselho ministerial da agência espacial europeia ESA.
Segundo a agência noticiosa espanhola Efe, que cita fontes da ESA, o telescópio "FlyEye", que foi construído na cidade italiana de Milão, deverá iniciar operações em 2020 e servirá também para detetar lixo espacial.
O engenho separa a imagem em 16 subimagens mais pequenas para ampliar o seu campo de visão, inspirando-se no funcionamento do olho de uma mosca.
"FlyEye" é o primeiro de pelo menos três telescópios automatizados que vão 'varrer' o céu noturno e identificar objetos celestes próximos da Terra, como asteroides e cometas, e estudar o seu possível impacto no planeta.
Dos cerca de 750 mil asteroides que existem no Sistema Solar, 16 mil estão catalogados como Objetos Próximos da Terra, assim chamados porque as suas órbitas intersetam a da Terra, havendo um risco de colidirem com o planeta.
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