Em resposta à agência Lusa, o porta-voz da comunidade religiosa, Pedro Candeias, destacou que, “atentos à evolução da pandemia do Coronavírus (Covid-19) e das recomendações das autoridades competentes, foi decido há mais de uma semana suspender a realização” das reuniões regulares de maiores dimensões, conhecidas como assembleias, nas quais costumam reunir cada fim de semana entre 1.000 e 1.200 pessoas.
Em relação às reuniões nas “comunidades locais, conhecidas como congregações (espalhadas por todo o território nacional, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira), foram suspensas na quinta-feira”.
“As Testemunhas de Jeová consideram fundamental a salvaguarda da saúde pessoal e comunitária. Ainda assim, como valorizamos muito a reflexão e espiritualidade individual e em família, tanto as Testemunhas de Jeová como os seus simpatizantes têm acesso à leitura da Bíblia ‘online’ e a conteúdos bíblicos no ‘site’ jw.org e na ‘app’ (Aplicação) JW Library”, sublinhou.
As comunidades locais (congregações) receberam no início de março um conjunto de procedimentos com base nas orientações promulgadas pela Direção-Geral da Saúde, que “foram lidos em cada congregação em duas ocasiões e posteriormente afixados num quadro informativo”.
O porta-voz destacou ainda que as Testemunhas de Jeová compreendem que o mundo está “a viver uma experiência incomum, cujos riscos e consequências causam apreensão e ansiedade”, pelo que acatam “plenamente as recomendações das autoridades competentes, incluindo no que concerne à necessidade de ‘distanciamento social’, como medida de contenção”.
“Nesse sentido, consideramos prudente o não contacto presencial na divulgação pública da mensagem bíblica. No entanto, tanto membros, como simpatizantes e a população em geral, continuarão a ter à sua disposição o consolo e a esperança que habitualmente transmitimos nos contactos pessoais, através do nosso ‘site’ www.jw.org, no qual se oferece uma variedade de conteúdos para leitura e ‘download’ em mais de 1.000 línguas, assim como um curso bíblico gratuito ‘online’”, sublinhou.
O responsável acrescentou também que, em todo o país, “todos os membros e simpatizantes, com particular atenção para os grupos de risco, idosos ou com complicações de saúde, têm sido contactados” pelas comunidades locais, “para aferir do respetivo bem-estar e da eventual necessidade que exista de recorrer às estruturas de saúde pública nacionais”.
O número de casos confirmados em Portugal de infeção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, subiu hoje para 169, mais 57 do que os contabilizados na sexta-feira, e os casos suspeitos são agora 1.704.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), dos 1.704 casos suspeitos, 126 aguardam resultado laboratorial.
Há ainda 5.011 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, menos do que na sexta-feira (5.674).
Em todo o mundo já foram infetadas mais de 143.000 pessoas e morreram mais de 5.500 pessoas.
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