A greve, convocada pela FECTRANS, visa protestar contra “situações discriminatórias” relativas a diferenças laborais e salariais entre trabalhadores, por serem abrangidos por duas convenções de trabalho diferentes, explicou hoje Manuel Castelão, dirigente da federação nos dois distritos.

“Enquanto um motorista da Rodoviária do Tejo tem um salário de 621 euros, que na prática são 609, porque tem englobado o abono para falhas, um motorista [abrangido pelo contrato coletivo de trabalho] da ANTROP [Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros] tem um salário a rondar os 650 euros”, exemplificou.

Os trabalhadores reivindicam, por isso, a “unificação das relações laborais”, assim como aumentos do salário e do subsídio de refeição, que é de 2,55 euros, valor que “não dá para comer uma sandes e beber um sumo”.

“O salário mínimo em janeiro ficará nos 600 euros e um motorista tem um salário de 609 euros, ou seja, grande parte destes motoristas fica com um salário nove euros acima do salário mínimo nacional e é inconcebível”, afirmou Manuel Castelão.

A FECTRANS estimou que “praticamente a totalidade” dos 650 trabalhadores possa aderir à greve.

Entretanto, empresas e trabalhadores entraram em desacordo com a garantia de serviços mínimos para os dois dias de greve.

A FECTRANS “fez uma proposta com 150 motoristas para os serviços mínimos e a empresa já respondeu a dizer que é insuficiente e veio solicitar que sejam asseguradas todas as carreiras que transportam alunos para as escolas”, explicou o dirigente sindical, apelando aos trabalhadores para que “não acatem os serviços mínimos”.

A greve abrange trabalhadores das empresas Rodoviária do Oeste, Rodoviária do Tejo e Rodoviária do Lis.

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