Os sindicatos subscritores do pré-aviso de greve preveem que a paralisação tenha “um grande impacto na circulação de comboios” e a CP admite que deverão ocorrer “fortes perturbações na circulação”.
José Manuel Oliveira, coordenador da Federação Sindical dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), uma das seis estruturas envolvidas na greve, disse à agência Lusa que a maioria dos comboios suburbanos não deverão circular durante o período de greve.
Os sindicatos que marcaram a greve consideram que “a circulação de comboios só com um agente põe em causa a segurança ferroviária — trabalhadores, utentes e mercadorias”, e defendem, por isso, que “é preciso que não subsistam dúvidas no Regulamento Geral de Segurança (RGS)”.
Os ferroviários rejeitam alterações ao RGS com o objetivo de reduzir custos operacionais.
O pré-aviso de greve foi emitido por sindicatos da CGTP, UGT e independentes, porque consideram que a redação do RGS, em discussão nos últimos meses, deixa em aberto a possibilidade de os operadores decidirem se colocam um ou dois agentes nos comboios.
Os sindicatos têm marcada uma nova greve para os dias 12 e 13.
Em novembro, os sindicatos dos ferroviários suspenderam uma greve após terem acordado com o Governo que a redação do regulamento de segurança iria ser melhorada de forma a garantir que cada comboio circularia sempre com um maquinista e um revisor ou operador de mercadorias.
Atualmente, os comboios circulam sempre com dois trabalhadores, exceto na Fertagus que, ao abrigo do RGS, pode funcionar excecionalmente com agente único entre Setúbal e o Pragal. Os sindicatos envolvidos na paralisação tinham anunciado há dois dias uma greve para 04 de junho.
Os árbitros do CES não definiram serviços mínimos para a paralisação.
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