Em 2022, saíram 33 trabalhadores dos SMTUC, 18 dos quais motoristas, e, neste ano, já saíram 30 funcionários, 16 dos quais motoristas, afirmou a vereadora com o pelouro da mobilidade e transportes da Câmara de Coimbra, Ana Bastos, salientando que o “quadro de pessoal tem vindo a reduzir para níveis alarmantes”.
A situação é ainda “agravada” pelo “número reduzido de candidatos que se apresentaram a concurso, o que não tem permitido preencher as vagas existentes nem constituir reserva de recrutamento”, notou a vereadora, salientando que o problema reside no facto de não haver uma carreira específica para os motoristas dos SMTUC, que permita ser competitiva do ponto de vista salarial com o setor privado.
“Esta situação é já do conhecimento do Governo e das forças políticas com representação parlamentar, pelo que deverá obrigar a criar muito rapidamente mecanismos que atenuem o acentuado fosso salarial entre o setor público e privado”, defendeu Ana Bastos.
Com a entrada em funcionamento do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) em 2025, que poderá captar alguns trabalhadores dos SMTUC, e com a aposentação de 23 funcionários em 2024, a situação pode “tornar-se insustentável” em 2025, constatou.
“Esta situação representa uma forte ameaça para a prossecução da atividade dos SMTUC”, vincou Ana Bastos, que falava durante a discussão do orçamento dos Transportes Urbanos de Coimbra para 2024, em reunião do executivo.
Para 2024, está prevista a aquisição de 15 novos autocarros, e ainda a criação de títulos de três e sete dias, para dar resposta “a um público específico, como congressistas e turistas”, disse a vereadora.
Ana Bastos defendeu ainda a implementação de medidas restritivas ao uso de transporte particular em meio urbano e o alargamento da rede de corredores BUS (dedicadas ao transporte coletivo), assim como a ampliação de zonas de estacionamento pagas.
Comentários