Os projéteis atingiram a secção da base aérea ocupada por militares iraquianos - que dividem o espaço com os soldados destacados por Washington no âmbito da coligação anti-‘jihadista’, adiantou um responsável dos serviços de segurança, que pediu anonimato.

Este é o segundo ataque com mísseis contra os norte-americanos em menos de uma semana, já que, no domingo, cinco mísseis atingiram uma base aérea no norte de Bagdad, ferindo três soldados iraquianos e dois estrangeiros.

O ataque não foi reivindicado imediatamente, mas Washington acusa regularmente grupos armados iraquianos próximos do Irão de atacar os seus militares e diplomatas no Iraque.

No total, cerca de 20 ataques com bombas ou mísseis atingiram bases que abrigam soldados norte-americanos ou representações diplomáticas dos Estados Unidos desde que Joe Biden assumiu a presidência, no final de janeiro. E dezenas de outras aconteceram desde o outono de 2019, na administração de Donald Trump.

Em meados de abril, os ataques atingiram um novo nível, tendo, pela primeira vez, fações iraquianas pró-Irão realizado um ataque suicida com drones a um quartel norte-americana no aeroporto de Erbil, no Curdistão iraquiano.

Os ataques são frequentemente reivindicados por grupos obscuros, que escondem grupos armados pró-Irão, presentes há muito tempo no Iraque, dizem os especialistas, citando discursos dos seus líderes quando ameaçam “atacar com mais frequência e com mais força” os 2.500 militares norte-americanos ainda estacionados no Iraque.

Washington e Bagdad retomaram, em 7 de abril, um “diálogo estratégico” que deverá levar à calendarização da retirada da coligação internacional que combate, desde 2014, o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico.

A República Islâmica do Irão e os Estados Unidos têm ambos presença ou aliados no Iraque.

O Irão conta, entre outros, com o apoio de Hachd al-Chaabi, uma coligação de grupos paramilitares integrados no Estado e o Governo iraquiano de Mustafa al-Kazimi, considerado mais pró-americano do que o seu antecessor, é regularmente ameaçado.

A cada ataque mortal, Washington promete fazer o Irão pagar um preço alto, sendo que, em janeiro de 2020, essa espiral de tensão esteve prestes a transformar-se num conflito aberto no Iraque, quando um drone norte-americano matou o poderoso general iraniano Qassem Soleimani, em Bagdad, em resposta à mortes de vários norte-americanos no Iraque.

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