Rui Santos explicou à agência Lusa que esta é a solução que vai ser implementada no Túnel do Marão, resultando de um acordo entre a Autoridade nacional de Proteção Civil (ANPC), a Infraestruturas de Portugal (IP) e uma corporação de bombeiros da região.
O Ministério das Infraestruturas anunciou hoje que, a 26 de abril, “entrará em funcionamento o centro de comando do túnel”, sem, no entanto, especificar o modo como vai funcionar.
O autarca socialista disse que “haverá um grupo de bombeiros em permanência no posto de controlo e comando que monitorizará não só o tráfego como terá um veículo de emergência à porta do túnel para agir de imediato caso haja um acidente”.
“Trata-se de um ganho significativo, porque teremos auxílio imediato. Haverá uma monitorização permanente e uma capacidade de reação imediata”, sublinhou Rui Santos.
O autarca considerou que esta é uma “boa notícia" e "é um modelo que tranquilizará todos aqueles que passam no Túnel do Marão”.
O ministério informou ainda que, no dia 26, vão ser apresentados publicamente os novos planos de atuação para o Túnel do Marão que se estende por 5.665 metros e está incluído no Autoestrada 4 (A4) que liga Amarante a Vila Real.
A elaboração do plano de Prevenção e a revisão dos planos de Emergência Interna e Prévio de Intervenção foram determinados por um despacho conjunto dos secretários de estado da Proteção Civil, Artur Neves, e das Infraestruturas, Guilherme d'Oliveira Martins, tendo sido entregues ao Governo, em março, pela IP e a ANPC.
E, de acordo com o Ministério das Infraestruturas, estes planos já se encontram em vigor.
O despacho conjunto foi publicado em fevereiro e surgiu na sequência do inquérito ordenado ao incêndio num autocarro que ocorreu em junho de 2017, dentro do túnel, que não provocou feridos, levou ao encerramento da infraestrutura e originou muitas críticas relacionadas com a segurança.
O despacho determinava ainda, após a revisão e elaboração dos planos, a realização de um simulacro de incêndio no interior da infraestrutura.
Na sequência do incêndio no autocarro, o secretário de Estado da Proteção Civil ordenou à ANPC a realização de um inquérito para avaliação da resposta operacional à ocorrência.
Entretanto, já se se registaram mais dois incêndios em viaturas dentro da infraestrutura. Em todos os casos não se registaram vítimas, contudo, o túnel ficou fechado ao trânsito por diferentes períodos de tempo.
O inquérito ao primeiro incidente apontou lacunas na resposta ao incêndio. O documento revelou um hiato temporal de 36 minutos entre o alerta inicial e o início do combate e aconselhou uma revisão dos procedimentos para agilizar a chegada dos meios.
O relatório ao incidente fez ainda referência ao centro de controlo de trânsito, localizado junto à saída de Amarante, considerando que deveria ser reaberto para fazer uma ligação operacional, a articulação, assistência, intervenção e apoio com os agentes de proteção e socorro.
Este centro foi desativado e transferido para as instalações da IP, em Almada.
Com a nova solução que irá agora ser implementada, Rui Santos disse que acredita que a intervenção será "muito mais rápida" e que o "hiato de 36 minutos será certamente minimizado".
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