Segundo o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, desde dia 01 de janeiro, sexta-feira, até hoje morreram 134 pessoas por covid-19 nas estruturas residenciais para idosos das Santas Casas da Misericórdia do país.
“Foi a semana em que morreu mais gente, mas foi também a semana em que fizemos mais testes”, adiantou o responsável, acrescentando que foram realizados 16.892 testes ao novo coronavírus entre os utentes e funcionários dos lares.
Nestes sete dias, há também a registar cerca de 13.500 casos ativos, entre funcionários e idosos, sendo que, de acordo com o responsável, a proporcionalidade é de 60% de casos entre os idosos e 40% entre trabalhadores, já que há a registar 5.100 casos ativos entre funcionários.
O presidente da UMP sublinhou, no entanto, que a maioria das pessoas idosas, “mais de 90%”, está assintomática.
Manuel Lemos adiantou ainda que o número de mortes a registar, desde fevereiro de 2020, é de 775, um número que representará cerca de 10% do total de óbitos.
Na opinião do responsável, trata-se de um número “normal baixo”, tendo em conta que não há registo de gripes, apesar de continuar a ser “um número que preocupa em absoluto”.
“Olhando para a tragédia global, os nossos números são muito honrosos, cuidamos bem das nossas pessoas”, apontou Manuel Lemos.
No domingo passado, dia 3 de janeiro, Manuel Lemos tinha assinalado um crescendo de casos de covid-19 em funcionários dos lares de idosos, pedindo cuidados redobrados.
Diversos surtos foram registados após o Natal em lares de idosos, como no da Santa Casa da Misericórdia de Meda, que atingiu 65 utentes e 26 funcionários.
Portugal regista hoje 118 mortos relacionados com a covid-19 e 10.176 novos casos de infeção com o novo coronavírus, os valores diários mais elevados desde o início da pandemia, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Este é o maior aumento diário de mortos e de infeção desde o início da pandemia, em março de 2020, ultrapassando os máximos de 98 óbitos e de 10.027 casos registados em dezembro.
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