À mesma hora em que reabriu a Urgência Pediátrica, os presidentes das câmaras de Setúbal, Palmela e Sesimbra, três municípios da área de influência do Centro Hospitalar de Setúbal, chegaram ao Ministério da Saúde na expectativa de serem recebidos pelo ministro Manuel Pizarro.
Na sexta-feira, em conferência de imprensa, os três autarcas anunciaram que iriam estar hoje à porta do Ministério da Saúde se, até domingo, não fosse marcada a reunião pedida a Manuel Pizarro, devido à falta de médicos no hospital de Setúbal.
Também na sexta-feira, a Câmara Municipal de Setúbal reuniu-se com o Conselho de Administração do CHS, na sequência de sucessivos problemas no Hospital de São Bernardo devido à falta de médicos, que têm levado ao encerramento temporário de vários serviços, designadamente da pediatria, obstetrícia e ortopedia.
Na conferência de imprensa, os autarcas dos municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra, consideraram que a contratação de mais médicos tarefeiros pelo Centro Hospitalar de Setúbal “não é caminho”.
“Sem conseguir manter equipas médicas permanentes, bem tratadas, motivadas e com condições de trabalho, dificilmente estes assuntos serão resolvidos e debelados”, disse o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro.
No mesmo mesmo dia, em Bruxelas, o ministro da Saúde disse estar “disponível para se reunir com os presidentes das câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra para discutir os problemas das urgências”, assim que chegasse o pedido anunciado pelas autarquias.
Segundo disse na altura a Câmara de Setúbal, o pedido de reunião com Manuel Pizarro e representantes das três autarquias foi enviado na terça-feira, mas até ao final da semana passada a reunião não tinha sido agendada.
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