"A produção da vacina contra o vírus do Zika vai entrar na segunda etapa. Após testes bem-sucedidos com animais, a vacina começará a ser testada em humanos", refere-se numa nota publicada no "Portal Brasil", que é administrado pelo Governo brasileiro.
De acordo com o Ministério da Saúde do país sul-americano, essa fase deve ter início em um ano, após a produção dos lotes clínicos e avaliações pré-clínicas.
Antes de passar para a próxima fase, o estudo também precisa ser aprovado pelo comité de ética do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produzirá a vacina.
"A vacina será útil para o controlo do Zika em todo o mundo e evitará sequelas nas pessoas contaminadas", disse o ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, citado na nota.
Para a aplicação desta segunda fase, o ministro brasileiro assinou um acordo de cooperação em Washington com o secretário da Saúde dos Estados Unidos, Tom Price, no âmbito da 29.ª Conferência Sanitária Pan-Americana.
A vacina mostrou resultados positivos nos testes realizados em ratos e macacos e conseguiu evitar que o vírus Zika cause microcefalia ou outros distúrbios no sistema nervoso central das duas espécies.
A aplicação de uma única dose da vacina impediu a transmissão da doença nos animais e, durante a gestação, o contágio para a cria.
O Zika, bem como a dengue, a chikungunya e a febre-amarela, é transmitido pelo Aedes aegypti, um mosquito cuja população se multiplica com a chegada do verão.
O Brasil, um dos países mais afetados pelo Zika em 2016 que declarou estado de emergência de saúde antes de a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) avisar sobre a gravidade da doença.
Em 2016, foram registados 216.207 casos prováveis de febre pelo vírus Zika no Brasil e foram confirmadas laboratorialmente oito mortes.
Comentários