Questionada sobre o apoio solicitado pelo país para ajudar a debelar os “devastadores incêndios florestais” no território continental, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, Ursula von der Leyen reconheceu que os Estados-membros estão a “apoiar tanto quando é possível neste momento de crise”.
Em conferência de imprensa no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França), a presidente da Comissão Europeia considerou ser necessário encontrar uma maneira de “apoiar na reparação e reconstrução”, numa altura em que há incêndios e cheias em pontos distintos da União.
“É uma questão cada vez mais importante e é uma coisa que nós, enquanto europeus, precisamos de perceber: como é que podemos financiar a necessidade crescente de adaptação e reparação que vai ser necessária nos próximos anos”, face a fenómenos meteorológicos adversos, admitiu.
Pelo menos três pessoas morreram e duas outras ficaram feridas com gravidade nos incêndios que atingem desde domingo a região centro do país, em Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga, distrito de Aveiro, e destruíram mais de 20 casas, obrigando a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.
Na segunda-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou mais de 120 fogos, que chegaram a ser combatidos por mais de 5.000 operacionais, apoiados por 1.500 viaturas e 39 meios aéreos, dois deles vindos de Espanha.
A Proteção Civil estima que arderam pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.
As chamas chegaram aos distritos do Porto, de Braga, de Viseu, e de Castelo Branco. Mas foi o distrito de Aveiro, com 10 mil hectares já ardidos, o centro dos maiores focos de incêndio.
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