As câmaras de vigilância capturaram o monte Semeru a lançar nuvens de gases e vapor de água com uma quantidade considerável de cinzas, num fenómeno “ainda em curso”, indicou a agência de gestão de desastres indonésia.
A erupção do Semeru, de 3.676 metros de altura e um dos vulcões mais ativos do país, espalhou o terror entre os residentes da cidade de Lumajang, levando muitos a abandonar as suas casas e a fugir à pressa, como se pode ver em vídeos partilhados nas redes sociais.
Apesar do pânico, as autoridades desconhecem a existência de vítimas mortais ou de danos materiais, e as equipas de emergência estão a monitorizar a situação para controlar qualquer risco potencial da explosão.
As autoridades emitiram avisos ao público para se afastar da área em redor do vulcão e das margens do rio na região, devido ao perigo de propagação de nuvens quentes e avalanches de lava, bem como pela possibilidade do Semeru expelir rochas incandescentes.
Em comunicado, o chefe de emergência de Lumajang, Joko Sambang, indicou que observações preliminares no terreno mostraram que “as cinzas vulcânicas estão a subir e a tender para sul”, enquanto as equipas de emergência começaram a distribuir máscaras gratuitas para proteger as pessoas dos gases tóxicos expelidos pelo vulcão.
O Serviço de Vulcanologia da Indonésia colocou o risco na área em “modo de espera ou nível 3” e emitiu um alerta laranja para aviões a voar na região, considerado moderado e ativado quando o vulcão “apresenta uma probabilidade aumentada de erupção abaixo dos seis mil metros acima do nível do mar”.
Há um ano, uma erupção inesperada de Semeru matou mais de 40 pessoas e deslocou mais de cinco mil, enquanto dezenas de pessoas sofreram queimaduras.
O arquipélago indonésio situa-se no chamado “anel de fogo” do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica, onde são registados milhares de sismos por ano, na maioria de magnitude fraca a moderada, e com cerca de 120 vulcões ativos.
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