“Prevê-se hoje, entre as 16:00 e as 20:00, uma paralisação por parte dos motoristas da Uber. Isso talvez afete a disponibilidade de carros disponíveis no local [Parque das Nações]”, alerta a organização, em comunicado.
Pede, assim, que os participantes “verifiquem outras opções”, remetendo-os para as informações disponíveis no seu ‘site’, nas quais constam alternativas como Metro, o autocarro e o comboio.
Profissionais da Uber, Cabify e Chofer vão concentrar-se a partir das 16:00 no Parque das Nações, em Lisboa, contra a “perseguição das autoridades policiais”, indicou hoje o presidente da associação representativa destas plataformas informáticas.
A iniciativa “espontânea e voluntária” surge depois de o presidente da Associação Nacional de Parceiros das Plataformas Alternativas de Transportes (ANPPAT), João Pica, ter anunciado na terça-feira que estes operadores iriam parar hoje, entre as 16:00 e as 20:00, em protesto contra a “perseguição pelas autoridades policiais” que dizem ter ocorrido na segunda-feira, dia de abertura da Web Summit, em Lisboa.
Na terça-feira, em declarações à Lusa, João Pica afirmou que no primeiro dia da cimeira da Web Summit, os motoristas destas plataformas de transporte foram vítimas de “perseguição pelas autoridades policiais” junto ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
Com a paragem prevista para hoje em Lisboa, as plataformas de transporte pretendem criar “um caos na mobilidade urbana” para alertar também para o facto de a lei ainda não ter sido aprovada no parlamento.
“Se afetarmos uma percentagem dos transportes é óbvio que seremos ouvidos, porque vai despertar a atenção da organização da Web Summit”, declarou, na terça-feira, o responsável da ANPPAT.
Segundo João Pica, vários motoristas destas plataformas foram multados e a associação estima que as coimas totais ascendam já a um milhão de euros.
No comunicado hoje divulgado, a organização da Web Summit sugere, ainda, que os participantes evitem a paralisação visitando a iniciativa Sunset Summit, que decorre no Pavilhão de Portugal, com “o melhor da música, vinho e comida portuguesa, tudo gratuito”.
Segundo a organização, nesta segunda edição do evento em Portugal, participam 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, duas mil 'startups', 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.
A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência na capital portuguesa.
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