O leilão decorreu ‘online’ desde 27 de junho, tendo terminado hoje, e continha 82 artigos, como medalhas, taças, raquetes, relógios, fotografias e outros itens pessoais de um dos melhores tenistas da sua geração, que conta hoje com 51 anos, tendo participado 495 colecionadores de 32 nacionalidades diferentes.
A peça que atingiu a oferta mais elevada (167 mil euros) é uma réplica da taça de prata do Open dos Estados Unidos (EUA) feita pela joalharia Tiffany e que assinala a vitória de Boris Becker sobre Ivan Lendl em 1989, revelou a empresa londrina Smith & Williamson, que gere o processo de insolvência do alemão.
Segundo Mark Ford, um dos membros da Smith & Williamson, as dívidas de Boris Becker podem ascender a 56 milhões de euros.
O tricampeão de Wimbledon (Reino Unido) declarou falência em 2017 e, em junho de 2018, parou no último momento o leilão do seu espólio ao invocar uma suposta imunidade diplomática.
O antigo número um mundial disse que tinha sido nomeado pelo presidente da República Centro-Africana (RCA) como oficial de ligação à União Europeia para os assuntos culturais, desportivos e humanitários do país africano.
Mas o governo da RCA reagiu e disse que o passaporte que estava na posse de Becker era falso e oriundo de um lote de passaportes vazios que foram roubados.
Em dezembro do ano passado, Becker renunciou à alegada imunidade durante uma audição num tribunal londrino especializado em casos de insolvência.
O ex-jogador já teve problemas legais em Espanha, por não ter pagado aos funcionários pelo trabalho que faziam na sua vivenda em Maiorca, e, na Suíça, por não ter pago ao padre que o casou em 2009.
Em 2002, a justiça alemã condenou-o a dois anos de prisão com pena suspensa e a uma multa de 500 mil euros devido aos cerca de 1,7 milhões de euros que deve em impostos.
Vencedor de seis torneios do Grand Slam, ‘Boum Boum’ Becker ganhou 49 títulos e amealhou mais de 20 milhões de euros durante a sua carreira desportiva, desempenhando atualmente o papel de comentador da modalidade.
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