O piloto português, que falava à imprensa na zona de chegadas do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, relembrou que andava a lutar há quatro anos pelo primeiro posto do pódio do Campeonato do Mundo de resistência (WEC).
“Acabámos algumas vezes em segundo, perdi uma delas para o Filipe Albuquerque, que veio comigo neste voo e que tem sido sempre um adversário à altura. Este ano, conseguimos colocar tudo junto. Ganhámos as 24 horas de Le Mans, que era um sonho de criança, e juntar isso com a vitória no Campeonato do Mundo de resistência é um culminar de um ano incrível: a entrada na Porsche, a vitória nas 24 horas de Le Mans, o Campeonato do Mundo”, afirmou.
Para o também campeão mundial de Fórmula E em 2020, a entrada na Porsche vem agora abrir “perspetivas altíssimas”.
“É uma marca que é ultra vencedora em tudo o que faz. As minhas ambições estão completamente alinhadas com as ambições da Porsche. Em relação à WEC, para o próximo ano a ideia é subirmos à categoria principal e lutar por vitórias no Campeonato do Mundo e ir à caça novamente das 24 horas de Le Mans, que para o ano é o centenário. Ganhar essa edição iria ter um sabor ainda mais especial”, garantiu.
Ainda sem equipa definida para o Campeonato do Mundo de resistência, Félix da Costa adiantou que está na reta final para definir os últimos detalhes.
“As datas da Fórmula E e do WEC não podem coincidir. Essa parte já está bastante alinhada. Agora, vamos ver onde vamos encaixar e qual vai ser a equipa que vamos fazer o Campeonato do Mundo de resistência para o ano. Propostas não faltam e essa é a boa parte do problema. Vamos garantir que vamos estar no carro certo”, disse.
Para já a única certeza do piloto passa por querer manter o pé ‘carregado no prego a fundo’, até porque quer consolidar o nome dele na história do automobilismo.
“Não podendo estar na Fórmula 1, estes são os dois campeonatos com mais prestígio na nossa categoria, na nossa modalidade. Fazemos o que podemos para ganhar. Os meus objetivos agora passam por bater recordes. O dia em que me retire e que pendure o capacete quero deixar o meu nome nas páginas todas dos recordes. Quero deixar o meu legado”, concluiu.
António Félix da Costa (Jota) sagrou-se no sábado campeão mundial de resistência, após ser terceiro classificado na derradeira prova da temporada, as 8 Horas do Bahrain.
O piloto luso, que partia com 28 pontos de vantagem, assegurou o título juntamente com os companheiros Will Stevens e Roberto González, batendo Oliver Jarvis, Alex Lynn e Josh Pierson (United Autosport).
O piloto de Cascais já tinha sido campeão de Fórmula E, em 2020, ano em que Filipe Albuquerque venceu precisamente o campeonato de LMP2.
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