“Tenho perfeita noção de que os ritmos que o K4 trabalha não são os ritmos que eu, normalmente, trabalho. São provas completamente diferentes. Vou dar o meu melhor, como sempre dei, mas também temos de ter noção que não existe nenhum tempo de preparação para esta embarcação”, advertiu Fernando Pimenta, em declarações à agência Lusa.
O canoísta natural de Ponte de Lima, que conquistou a medalha de bronze em K1 1.000 metros nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, criticou a “alteração da estrutura da embarcação” de K4, assinalando ter “mais lógica que fossem designados os atletas que vão tentar o apuramento olímpico”.
Fernando Pimenta observou que “não é com dois ou três treinos que se consegue ter um barco competitivo”, mas rejeitou que tenha ameaçado não participar na terceira edição dos Jogos Europeus, em Cracóvia, na Polónia, entre 21 de junho e 02 de julho, caso fosse incluído na variante de K4.
“Nunca coloquei em causa [a presença em K4], aquilo que foi colocado em causa será o resultado final da embarcação, porque será pouco meritório para os meus colegas do K4, e para mim, não termos possibilidade de preparar uma embarcação como se fosse para um apuramento olímpico”, justificou.
Fernando Pimenta vai voltar a competir em K4 500 metros em Cracóvia, em conjunto com Kevin Santos, Emanuel Silva e David Varela, mantendo que teve conhecimento de uma lista inicial de atletas da qual o seu nome não constava, mas que atribuiu essa omissão a “um equívoco”.
Fernando Pimenta, de 33 anos, vai também participar na prova de K1 500 metros nos Jogos Europeus, com o objetivo inicial de atingir a final, mas advertindo que “o grande foco será sempre o apuramento olímpico”, em agosto, cuja distância é de 1.000 metros.
O atleta não descarta a possibilidade de conquistar uma medalha, à semelhança do que fez nas duas anteriores edições dos Jogos Europeus, em Baku e Minsk, nas quais alcançou quatro de prata, em K1 1.000 e K1 5.000 metros, até porque tem “obtido bons resultados a nível internacional” em K1 500 metros.
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