“Estou tão, tão contente. A equipa está toda de parabéns. Depois do que aconteceu o ano passado, conseguir finalmente esta vitória, é sinal para dizer: sem dúvida que o mundo é justo”, desabafou o coimbrão, após o êxito numa das principais provas de resistência automóvel.
Em 2017, a poucos minutos do fim, teve problemas no carro, que o atiraram para o segundo lugar.
“Foi uma corrida espetacular, mas as últimas seis horas foram muito duras, um sofrimento inacreditável. Fizemos o nosso trabalho de forma única. O motor estava a aquecer bastante e o mínimo barulho no carro deixava-me apreensivo face ao que aconteceu em 2017. Pensava que ia ser o fim e o motor ía partir...”, contou.
Filipe Albuquerque revelou que “levantar o pé” foi a solução para levar um “carro ótimo” a vencer numa prova que a equipa liderou “durante oitenta por cento” do percurso.
“Quando finalmente vi a bandeira xadrez, foi uma sensação incrível. A melhor de todas. Uma explosão de alegria um sentimento de justiça e de dever cumprido. Não há palavras para descrever tudo o que estou a sentir", concluiu.
Aos comandos do Cadillac número 5, Filipe Albuquerque abriu a corrida no sábado e levou o carro ao triunfo, depois de João Barbosa e Christian Fittipaldi terem feito turnos intermédios na prova do campeonato norte-americano de resistência.
O trio luso-brasileiro confirmou o favoritismo que lhe era atribuído, depois de, em 2017, terem ficado em segundo lugar. Para Albuquerque trata-se da primeira vitória em Daytona, Florida, enquanto Barbosa e Fittipaldi repetem o triunfo alcançado em 2014, então na companhia do francês Sebástien Bourdais.
Barbosa, piloto radicado nos Estados Unidos, tem uma primeira vitória em 2010, juntamente com o norte-americano Terry Borcheller, o britânico Ryan Dalziel e o alemão Mike Rockenfeller.
O Oreca LMP2 da equipa de António Félix da Costa, que se estreou na prova e alinhou com Alex Brundle e Ho-Pin Tung, partiu do 11.º posto, mas terminou em quinto, a quatro voltas do trio luso-brasileiro.
Na categoria GTD, Álvaro Parente chegou a liderar, mas concluiu em segundo lugar na sua estreia ao volante de um Acura, perdendo apenas para Mirko Bortolotti, Franck Perera, Rolf Ineichen e Rik Breukers ao volante de um Lamborghini Huracan GT3.
Paul Dalla Lana teve um despiste com o Ferrari 488 GT3, que foi também tripulado por Pedro Lamy, arruinando a prova do português, já que a viatura não voltou à pista.
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