O avançado uruguaio ainda não tinha assinado qualquer golo pelos ‘encarnados' e hoje marcou logo três, num jogo em que o Benfica mostrou ser claramente superior à equipa polaca a nível das suas individualidades, mas no qual revelou algumas debilidades defensivas que mantiveram a incerteza no resultado quase até ao fim.
A equipa de Jorge Jesus teve uma entrada forte no jogo, já esperada, com a equipa a pressionar alto, mas o adversário não cometeu os erros do Rio Ave na última jornada da I Liga, ao tentar sair a jogar com a bola.
Se o Benfica chegou cedo ao golo, logo aos nove minutos, fê-lo numa rápida transição ofensiva após um lance de ataque do Lech Poznan, que apanhou a equipa adversária desequilibrada na sua organização defensiva e forçada a cometer um penálti que Pizzi concretizou.
As ‘águias’ continuaram a pressionar forte logo no último terço dos polacos e só não chegaram ao segundo golo porque faltou sempre a definição dos lances, seja o último passe, o cruzamento, a tabela, e o Lech Poznan chegou ao empate à passagem do quarto de hora a explorar muito bem as costas de Grimaldo.
Já nessa altura se tinha percebido que os polacos iam procurar tirar partido do adiantamento de Grimaldo e da sua dificuldade em recuperar, com Ishak a empurrar a bola para o fundo das redes de Vlachodimos, após um lançamento logo para as costas do lateral esquerdo ‘encarnado’.
A equipa ‘encarnada’ acusou o golo, claramente, perdeu intensidade na sua dinâmica ofensiva e os polacos tiveram uma excelente oportunidade para se adiantar no marcador, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Ramirez ao qual Moder correspondeu com um remate à barra.
No entanto, o Benfica gradualmente foi reassumindo o controlo do jogo e criando lances perigosos junto à área polaca, que não se traduziram em golos porque, mais uma vez, faltou qualidade na definição, seja por precipitação, seja por se dar um toque a mais na bola ou o último passe não entrar.
Qualidade que surgiu aos 42 minutos, quer no cruzamento de Gilberto, quer na finalização de cabeça de Darwin Núñez, sem hipóteses para o guarda-redes polaco, o que não surpreende quando se tem individualidades como as que o Benfica possui.
A segunda parte começou praticamente com o segundo golo do Lech Poznan, de novo por Ishak, aos 48 minutos, num lance em que a defesa ‘encarnada' voltou a ‘meter água', desta vez pelo flanco de Gilberto, que esteve bem no plano ofensivo, mas revelou grande permeabilidade na vertente defensiva.
Numa fase crucial do jogo emergiu o avançado uruguaio do Benfica, aos 60 minutos, a levar a melhor num lance de um contra um, a dar à equipa aquilo que não tinha conseguido antes, a finalização dos lances ofensivos.
Seguiu-se uma reação do Lech Poznan que forçou o clube da Luz a passar por uma fase difícil, de algum sofrimento, com Vlachodimos em destaque com algumas boas intervenções, numa altura em que Jorge Jesus já trocara Grimaldo, Pizzi (os dois que tiveram menor rendimento na primeira parte) e Taarabt por Nuno Tavares, Rafa e Weigl, respetivamente.
Sem nada a perder, o Lech Poznan arriscou tudo por tudo, o seu treinador refrescou a equipa no ataque e obrigou o Benfica a cerrar fileiras para segurar a vantagem, mas ao mesmo tempo abriu muitos espaços nas costas da sua defesa que proporcionaram aos ‘encarnados' lances de golo, sobretudo nos últimos minutos, quando a equipa já estava literalmente ‘partida', um dos quais resultou no quarto do Benfica, mais uma vez por Darwin Núñez, a consumar o ‘hat-trick', já em período de compensações.
O Benfica lidera o grupo D com três pontos, os mesmos que os escoceses do Rangers, que venceram hoje na deslocação ao Standard Liège por 2-0, com a equipa belga a somar zero pontos, tal como os polacos.
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