Um deles esperado, com o sueco Armand Duplantis no salto com vara, e outro fora das expetativas, para a nigeriana Toby Amusan nos 100 metros barreiras.
Os campeonatos terminaram com o domínio esperado da seleção anfitriã, que incluiu nas estafetas a quatrocentista Allyson Felix, que elevou para 20 o seu recorde de medalhas, com o bronze nos 4x400 mistos e o ouro dos 4x400 metros femininos, que correu nas eliminatórias.
Os Estados Unidos chegaram às 33 medalhas, das quais 13 de ouro, nove de prata e 11 de bronze.
Em Doha2019, foram 29 medalhas, das quais 14 de ouro (14/11/4), o que confirma a estabilidade da primeira potência mundial do atletismo.
Uma dúzia de campeões de há três anos segurou o título, mas há dois que se destacam sobre os demais: a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce é campeã pela quinta vez nos 100 metros e o polaco Pawel Fajdek também se torna pentacampeão, mas no lançamento do martelo.
Fraser-Pryce alcança, com 14 medalhas, os seus compatriotas Usain Bolt e Merlene Ottey no segundo lugar dos mais medalhados de sempre.
A nível de 'grandes números', refira-se também que o marchador português João Vieira se isola no segundo lugar da lista de mais participações, com 12. Fica a uma do espanhol Jesus Angel Garcia, também marchador e já retirado.
Os três recordes do mundo batidos igualam o total dos Jogos Olímpicos de Pequim, sendo que apenas Sydney McLaughlin repete o feito.
Os 50,68 segundos com que ganhou os 400 metros barreiras são mesmo o grande registo dos dez dias de provas em Eugene.
Para se ter uma noção da valia da marca, refira-se que é melhor que as conseguidas por duas das atletas da corrida de 400 metros planos.
Dos outros dois recordistas nos Jogos Olímpicos, Yulimar Rojas, continua sem rival no triplo salto, enquanto o norueguês Karsten Warholm foi uma das grandes desilusões, apenas sétimo na final dos 400 metros barreiras.
As provas de barreiras, no entanto, continuam em grande, com o recorde de 12,12 segundos para a nigeriana Toby Amusan.
A fechar o último dia, o sueco Armand Duplantis foi espetacular no salto com vara, acrescentando mais um centímetro ao seu recorde mundial e cinco ao melhor registo ao ar livre.
Apesar de mais contestados, Quénia e Etiópia continuam a ser as potências do meio-fundo, enquanto a Jamaica tenta bater-se na velocidade e barreiras com os Estados Unidos.
Isso explica bem que Etiópia, Jamaica e Quénia ficassem entre o segundo e o quarto lugares no quadro de medalhas, com 10 cada - tudo somado, não chega ao total dos norte-americanos.
Foram 45 os países que conseguiram pelo menos uma medalha, entre os quais Portugal, que vê Pedro Pichardo trazer o ouro do triplo salto, que junta ao título de campeão olímpico.
Comentários