“Há conversações que não são do conhecimento público. A Liga e o Benfica reuniram-se e ficou decidido que não havia necessidade de alterações no calendário. A Liga foi providente e o Benfica anuiu. A calendarização foi trabalhada entre as partes de forma responsável”, disse Pedro Proença, à margem da gala do jornal ‘O Gaiense’.
O dirigente, que foi homenageado pelo seu percurso na liderança da LPFP, vincou que “a Liga tem, desde o início da época, feito a defesa dos clubes portugueses nas provas internacionais”, e elogiou a competitividade das provas nacionais.
“Nesta fase, quer na I Liga quer na II Liga, muitas equipas ainda podem ser campeãs e algumas despromovidas. Vamos ter emoção até à última jornada. Muitas vezes, acusam que o futebol português não tem interesse, nem competitividade, mas estamos a dar um claro sinal contrário”, disse Pedro Proença.
O líder da LPFP abordou ainda a Cimeira de Presidentes, que se realiza na quarta-feira, em Coimbra, falando dos desafios que os novos formatos das competições europeias irão criar aos campeonatos nacionais.
“A alteração do calendário internacional vai criar muitíssimas dificuldades. Serão cinco datas a mais, portanto temos que nos saber preparar. Daqui a dois dias, teremos uma cimeira muitíssimo importante, com todos os presidentes. Queremos ouvir os presidentes”, disse Pedro Proença.
O dirigente lembrou, ainda, outros grandes desafios do futebol profissional em Portugal, como a centralização dos direitos ou a questão fiscal para industria do futebol, a ser tratada com o novo governo, e, quando questionado sobre o seu futuro, preferiu focar-se no presente.
“O futuro a Deus pertence. Neste momento, os desafios são imensos, quer à frente da European Leagues, quer na Liga Portugal. Felizmente, tenho tido a sorte e o privilégio de fazer coisas boas, quer enquanto árbitro, quer enquanto dirigente”, disse Pedro Proença.
Instado a comentar a polémica envolvendo o treinador do FC Porto Sérgio Conceição, e as alegadas agressões e insultos num torneio de futebol jovem em Espanha, o presidente da LPFP preferiu centrar atenções no evento do jornal gaiense.
“Não é o dia para comentar qualquer tipo de outra situação. Hoje, é reconhecer o trabalho de árbitros, dirigentes, futebolistas. É um momento de consagração”, concluiu Pedro Proença.
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