Em documento, a que a agência Lusa teve acesso e registado com o número 2136/18, a denúncia apresentada pelo também presidente da SAD do clube da II Liga portuguesa de futebol decorre do documento que circulou na terça-feira na assembleia geral do clube e que resultou na demissão dos órgãos sociais do Leixões.
Tendo como denunciados Duarte Anastácio, presidente da direção, Manuel Dias, presidente da Mesa da Assembleia Geral, e Miguel Nora, ex-presidente do Conselho Consultivo do clube, a queixa pretende "o esclarecimento do valor de 220 mil euros de comissão a Manuel Dias, pela direção".
No mesmo documento, Paulo Lopo pede ainda ao DIAP que investigue a "procuração a passar plenos poderes a Miguel Nora, assinada por Duarte Anastácio e onde surge falsificada a assinatura [do vice-presidente] Paulo Pinhal".
Por último, a queixa visa também a "avença de 1.000 euros recebida pelo presidente da MAG, Manuel Dias, do Leixões, o que não lhe é permitido pelos estatutos do clube".
Em comunicado publicado na página oficial do clube na Internet, Duarte Anastácio informa que a sua demissão na AG se deveu "à falta de confiança em alguns membros" da direção e que "em nada se deveu ao ignóbil documento apresentado por Paulo Lopo na assembleia".
"A demissão da mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal não foi efetuada na assembleia, mas sim no dia 29 de outubro, demissões essas também motivadas por falta de confiança em alguns membros da direção", acrescentou.
Acusando Paulo Lopo de, antes da reunião, ter pedido "para falar em privado com elementos da mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e da Direção", Duarte Anastácio acusou o associado de ameaçar "exibir um documento", caso os órgãos sociais "não se demitissem de imediato".
Face à recusa em avançar para a demissão, continuou o ex-líder do Leixões, "Paulo Lopo dirigiu-se para o recinto da assembleia e fez distribuir a todos os presentes o documento intitulado de ‘denúncia'", considerando Duarte Anastácio que este "contém uma amálgama de falsidades".
Considerando "falso" o contrato mostrado e alegadamente celebrado com Manuel Dias, aquele ex-dirigente argumenta que "a cedência do direito de superfície do posto de combustível da Repsol foi liderada por Miguel Nora", de quem disse "nunca tentou obter qualquer proveito pessoal do referido negócio".
Sobre a acusação de falsificação da assinatura do vice-presidente Paulo Pinhal, desmentiu-o garantindo "ter sido assinada por ambos".
[Notícia corrigida às 21:57 - Substitui "DCIAP" por "DIAP"]
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