“Já chega de mentiras, para tentar esconder a sua incompetência, falta de rumo e gestão dolosa que tem sido o seu mandato”, refere Godinho Lopes, em comunicado enviado à agência Lusa.
O antigo presidente entre 2011 e 2013 foi expulso de associado já em 2015, no mandato de Bruno de Carvalho, e foi hoje alvo de novas críticas por parte do presidente em exercício, após a rescisão, com a alegação de justa causa, de Rui Patrício.
Bruno de Carvalho acusou o empresário Jorge Mendes de querer ganhar dinheiro e referiu que os antigos contratos do guarda-redes e de Adrien, realizados por Godinho Lopes, previam percentagens.
Sem nunca se referir a esses casos, Godinho Lopes questiona algumas ações de Bruno de Carvalho.
“Quem vende 200 milhões de euros de ativos (jogadores) em cinco anos, adianta 60 milhões de euros de receitas, emite 80 milhões de euros de VMOCs e não paga 30 milhões de euros de empréstimo obrigacionista”, refere Godinho Lopes, para demonstrar o que considera gestão dolosa.
O ex-presidente explica que todas estas ações demonstram a “incapacidade de gerir” de Bruno de Carvalho, “a farsa do milagre da reestruturação financeira”, “para além de forma dolosa delapidar o património prejudicando a SAD, os jogadores e o seu valor de mercado”.
Entre os jogadores vendidos, Godinho Lopes cita Ricky Wolfswinkel, Fito Rinaudo, Marcos Rojo, Santiago Árias, Stephen Schaars, Valentin Viola, Bruma, Tiago Llori, Eric Dier, Cedric Soares, João Mário, Rúben Semedo, Adrien Silva, além de lembrar que Bruno de Carvalho deixou fugir Carrillo e Labyad, este agora negociado por sete milhões de euros.
Na nota, o dirigente acusa ainda Bruno de Carvalho de ter aumentado o passivo, e que, numa “demonstração clara de incompetência, vem dizer que não tem tesouraria e, pela primeira vez, não foi pago um empréstimo obrigacionista”.
“Ao mesmo tempo, e de acordo com leitura das mesmas contas [entregues à CMVM em 31 março de 2018], antecipou 60 milhões de euros de receitas (NOS, bilheteira, etc.)”, acrescenta.
O antigo dirigente conclui dizendo que foi o único que o venceu, a Bruno de Carvalho, de “forma limpa e transparente em 2011” e que apesar de este o ter expulsado, o atual presidente continua a olhar para o retrovisor “com o medo natural de quem não é líder” e com uma “ausência total de rumo”.
“Quando se é pequeno de caráter, princípios e valores, morre-se só e pequeno”, conclui o ex-presidente, antecessor de Bruno de Carvalho.
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