A competição realizou-se no Autódromo Internacional do Algarve e a estimativa aponta para um “impacto financeiro estimado entre 75 milhões e 87 milhões de euros”, resultado acima das expectativas iniciais, que não iam além do “teto de 79 milhões de euros verificado na edição do ano passado”, adiantou o Turismo do Algarve em comunicado.
“As receitas diretas da prova rainha do motociclismo mundial, realizada entre 22 e 24 de março, superaram os 24,7 milhões de euros na hotelaria (somados os 21,3 milhões gastos pelos espetadores e os 3,5 milhões da organização e participantes) e os 9,4 milhões de euros em alimentação e bebidas”, setorizou a mesma fonte.
O impacto no aluguer de automóveis (‘rent-a-car’) foi de três milhões de euros, contabilizando espetadores, organização e equipas, grupos que terão gasto no setor aéreo, em passagens para o Aeroporto Gago Coutinho, em Faro, mais de dois milhões de euros, quantificou também o Turismo do Algarve.
“A realização do MotoGP no Autódromo do Algarve, a única estrutura em Portugal credenciada para as maiores provas mundiais de velocidade, traduz-se num ganho extraordinário para a visibilidade da região e para a prosperidade da sua economia fora da época alta”, considerou o presidente do Turismo do Algarve, André Gomes.
Os resultados “estendem se a todo o país, não só pela receita arrecadada pelos cofres do Estado central, designadamente por via fiscal, mas também pelo acréscimo de notoriedade que traz à marca Portugal”, salientou André Gomes, citado no comunicado do organismo algarvio.
“Do mesmo modo que a Web Summit e a Jornada Mundial da Juventude transmitiram a imagem de um país seguro, acolhedor e preparado para os grandes eventos, também a edição portuguesa do MotoGP, merecedora dos maiores elogios da imprensa internacional e da entidade proprietária da prova, a DORNA, eleva o prestígio do país perante turistas e organizadores dos grandes eventos”, acrescentou o presidente do Turismo do Algarve.
O organismo regional destacou a importância da realização de grandes desportivos internacionais, como o Grande Prémio de Portugal de MotoGP ou a Volta ao Algarve em bicicleta, disputada em fevereiro, para diminuir a sazonalidade no turismo, a principal atividade económica do Algarve.
“A calendarização do Moto GP é também um fator de produção potencial de riqueza para a região ao colocar o Algarve no radar mundial, a dois meses do início do verão no hemisfério norte, altura tradicional de férias das famílias”, referiu ainda André Gomes.
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