"Vamos assinar um protocolo, um projeto consórcio com a Universidade de Aveiro para constituir uma equipa Bosch/Universidade de Aveiro dedicada ao desenvolvimento de soluções de software e conectividade para a casa inteligente", explicou à Lusa o vice-presidente sénior de engenharia de produto da Bosch Termotecnologia em Aveiro, Sérgio Salústio.
"O investimento é cerca de 19 milhões de euros, mais ou menos repartidos em 10 milhões de euros na Bosch e quase nove milhões na universidade, que visa essencialmente a criação de equipas de competências, investigadores altamente qualificados, e a criação de algumas infraestruturas da área de negócio de produtos inteligentes para casas inteligentes", acrescentou.
Este protocolo vai permitir criar cerca de 150 postos de trabalho, dos quais 70 novos empregos na Bosch, 40 já foram contratados em meados deste ano, e do lado da universidade está prevista a contratação de 72 novos investigadores, disse.
"Num universo de 300 investigadores que vão estar envolvidos [no projeto], metade são novos", sublinhou Sérgio Salústio.
Também hoje, a Bosch vai inaugurar formalmente o novo centro de competências para o desenvolvimento de software e soluções de conetividade mundial, um investimento de cinco milhões de euros que corresponde ao novo edifício e equipamento de laboratório.
"O que estamos aqui a investigar vai ser aplicado no mundo inteiro, não só em Portugal", salientou.
Relativamente ao protocolo, o responsável adiantou que este é feito no âmbito do Portugal 2020 e "pressupõe a instalação de equipas mistas" da Bosch e da Universidade de Aveiro e a criação de algumas infraestruturas.
Com duração de quatro anos, já que a Bosch pretende "estabelecer uma parceria de longo prazo" com a Universidade de Aveiro, este protocolo permite à multinacional alemã considerar a "formação de novos recursos humanos", sendo que alguns deles deverão transitar para a empresa "numa fase posterior" ao projeto e "estabelecer bases para uma cooperação que se pretende que vá mais longe".
Para Sérgio Salústio, é importante envolver a comunidade académica e científica neste tipo de projetos.
"É o grande foco: aproximar as universidades das empresas de modo mais efetivo por um tempo que permite cimentar essas relações", sublinhou.
No fundo, este projeto pretende desenvolver e construir dispositivos eletrónicos que sejam integrados em esquentadores ou caldeiras de climatização e que permitam aos consumidores interagir com os mesmos, permitindo controlá-los de uma forma mais eficiente.
Com esta relação com a universidade, a Bosch espera que antes do fim do projeto já seja possível ver os primeiros benefícios das soluções em desenvolvimento.
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, vai estar presente na assinatura do contrato de investimento do projeto de inovação Smart Green Homes.
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