“A Caixa contratará pessoas: o que está previsto é a entrada de cerca de 100 efetivos por ano ao longo do período do plano de negócios [até 2020]. Esses efetivos irão suprimir competências que a Caixa não tem”, afirmou Mourinho Félix hoje no parlamento.
Na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, onde o secretário de Estado e o ministro das Finanças, Mário Centeno, estão a ser ouvidos, tanto o Bloco de Esquerda como o PCP apresentaram preocupações face à redução de 2.200 postos de trabalho na CGD até 2020.
“Não há despedimentos, podemos discutir isto ‘ad nauseum’, mas é muito claro o que está no plano de negócio da CGD”, afirmou Mourinho Félix, lembrando que a redução de postos de trabalho prevista está relacionada com reformas naturais, possibilidade de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo.
O secretário de Estado recusou também que os trabalhadores que venham a ser contratados “não vão substituir as pessoas que sairão com pré-reforma. Isso não faria sentido. Não teria funcionalidade”.
Há cerca de duas semanas, o presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, disse que, por ano, devem sair entre 500 e 600 trabalhadores do banco e que, este ano, devem ser 400 em reformas antecipadas e pré-reformas e os restantes em rescisões.
Mourinho Félix assegurou também que “não há nenhum despedimento relacionado com a redução do número de balcões”, garantido que os trabalhadores dos balcões que vão ser encerrados serão reafetados a outros serviços do banco público.
Sobre o encerramento previsto de 61 balcões da CGD pelo país, uma preocupação apontada esta manhã pelos dois grupos parlamentares que apoiam o Governo, mas também pelo PSD e CDS-PP, o secretário de Estado explicou os critérios que foram tidos em consideração: dimensão (em depósitos), nível de operações realizado ao balcão, capacidade de captação de negócio e localização (e a distância desse balcão face à agência mais próxima).
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