Em comunicado divulgado hoje, a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) estima que “mais de 1.000 técnicos de som, imagem, luz, entre outros, se vejam obrigados a ir para o desemprego ou a mudar de profissão devido as últimas decisões tomadas pelo executivo liderado por António Costa, nomeadamente a limitação dos eventos corporativos a um máximo de cinco pessoas e a proibição de eventos para celebrar a passagem de ano”.
“Este foi um ano terrível para todos os que trabalham neste setor, independentemente da sua natureza, e estas últimas medidas anunciadas pelo Governo apenas vieram colocar mais um prego no caixão”, considera a associação.
Para o presidente da APSTE, Pedro Magalhães, a limitação dos eventos corporativos, “que ainda asseguravam algum do pouco trabalho existente” e a proibição de qualquer celebração de passagem de ano significarão “a falência certa para muitas empresas e o desemprego para muitos profissionais”.
“É importante não esquecer que um técnico demora cerca de dois anos a estar apto a trabalhar nesta área”, sublinha Pedro Magalhães, adiantando que tratar-se de profissionais “altamente especializados que, perante a inevitabilidade do desemprego, não têm outra alternativa a não ser mudar de profissão”.
A APSTE critica ainda o que considera ser “a postura populista da tutela” ao apresentar medidas como a suspensão do pagamento especial por conta.
“Não estamos contra a medida em si, nada disso. Mas é incrível como se anuncia algo que nenhum benefício direto trará às empresas de setores profundamente afetados pela pandemia como se de algo muito positivo se tratasse”, defende o presidente da associação.
“Esta medida teria sentido se tivéssemos lucros para apresentar, a questão é que este ano apenas registámos prejuízos”, conclui o responsável.
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