"Isto demonstra a solidez da retoma da economia portuguesa e a capacidade de resposta das empresas portuguesas à crise dos mercados internacionais, encontrando outros mercados e crescendo no mercado europeu e reforçando a sua capacidade de exportação", disse Caldeira Cabral, salientando que o crescimento homólogo de 1,6% e em cadeia de 0,8%, hoje divulgado, mostra também que é possível um crescimento equilibrado entre as exportações e a procura interna.
"Estamos a ver maior confiança dos consumidores e dos investidores, e um crescimento das exportações, o que demonstra um crescimento equilibrado em que o setor exportador dá um contributo, mas em que a procura interna, pela recuperação, tem capacidade de contribuir para o crescimento da economia", acrescentou o governante à Lusa, à margem do primeiro Fórum Económico Portugal-China, que decorre hoje e quarta-feira, em Lisboa.
Questionado sobre se o valor do terceiro trimestre pode fazer o executivo rever em alta a previsão de 1,2% para o conjunto do ano, Caldeira Cabral respondeu: "É preciso ver como vai ser o crescimento no último trimestre, mas é óbvio que este crescimento reforça a convicção de que o número indicado de 1,2% vai ser atingido ou poderá ser até superado".
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 0,8% em cadeia e, em termos homólogos, 1,6% em volume, e explicou que "o crescimento mais intenso do PIB refletiu principalmente o aumento do contributo da procura externa líquida, verificando-se uma aceleração mais expressiva das exportações de bens e serviços" face à das importações de bens e serviços.
A aceleração das exportações "foi comum às componentes de bens e de serviços" e aumentou também o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB no terceiro trimestre, em resultado da "aceleração do consumo privado", devido ao comportamento da componente de bens não duradouros e serviços, enquanto a componente de bens duradouros desacelerou.
Para o ministro da Economia, os números "são surpreendentes por serem muito positivos e demonstram que algum do trabalho que o Governo está a fazer já está a dar frutos", até porque "não se verificava um crescimento tão forte no terceiro trimestre nos últimos seis anos".
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