"A confirmação da perspetiva estável reflete a visão da DBRS que os riscos para a notação estão amplamente equilibrados", refere a agência de 'rating' em comunicado, salientando que, "embora moderado na primeira metade de 2018, quando comparado com 2017, projeta-se um crescimento real do PIB [Produto Interno Bruto] de 2,3% para o ano completo, acima da média da zona euro".
De acordo com a DBRS, o défice orçamental e o rácio da dívida relativamente ao PIB vão "continuar a diminuir" e o crédito malparado (NPL) dos bancos também está a recuar.
"No entanto, a elevada dívida pública limita a margem orçamental e deixa as finanças públicas vulneráveis a choques negativos", refere a DBRS, apontando que o crédito malparado continua alto, especialmente no setor empresarial.
A agência de notação financeira afirma que o 'rating' é apoiado pelo facto de Portugal ser membro da zona euro, o que mitiga os riscos.
A DBRS refere que um "perfil de dívida pública favorável", em parte apoiado pela melhoria da competitividade em termos comerciais, também apoia a classificação.
"No entanto, Portugal enfrenta desafios de crédito significativos, incluindo níveis elevados de dívida do setor público, elevado NPL e dívida do setor empresarial e ainda um baixo potencial de crescimento", refere,
A agência adianta que o 'rating' "pode ficar sob pressão ascendente como resultado de um excedente primário sustentado e crescimento estável da económica, levando a uma maior redução do rácio da dívida pública".
Adicionalmente, uma redução do crédito malparado "poderá ser positivo para os 'ratings'", acrescenta.
No entanto, a notação financeira poderá sofrer pressão negativa "se houver uma reversão na trajetória da dívida pública, uma deterioração significativa nas perspetivas de crescimento ou um enfraquecimento do compromisso político com políticas económicas sustentáveis".
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