Deste total, 442.000 milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 364.900 milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas), segundo uma nota de informação estatística hoje publicada no portal do banco central.
O endividamento do setor público teve uma subida de 13.400 milhões de euros, que se verificou, sobretudo, junto dos particulares (10.600 milhões de euros), essencialmente pelo investimento das famílias em certificados de aforro, e junto das administrações públicas (5.900 milhões de euros).
Em contrapartida, o endividamento do setor público junto do exterior diminuiu 4.300 milhões de euros.
Já o endividamento do setor privado teve uma redução de 600 milhões de euros, enquanto o endividamento dos particulares decresceu 700 milhões de euros, essencialmente junto do setor financeiro (800 milhões de euros).
Em sentido contrário, o endividamento das empresas privadas aumentou 100 milhões de euros, dos quais 300 milhões perante o setor financeiro, que foi parcialmente compensado por uma redução de 200 milhões junto dos particulares.
Em percentagem do PIB, o endividamento do setor não financeiro no primeiro semestre sofreu uma evolução contrária à observada para os valores nominais, com uma diminuição de 331,9%, no final de 2022, para 320,3% do PIB, nos primeiros seis meses deste ano.
Quer o endividamento do setor público, quer o endividamento do setor privado, em rácio do PIB, diminuíram de 146,9% para 144,8% e de 185,0% para 175,4%, respetivamente.
Numa análise ao mês de junho, o BdP verificou que o endividamento das empresas privadas cresceu 0,6%, comparativamente com o mesmo mês de 2022, enquanto o endividamento dos particulares aumentou 0,9%.
Em ambos os setores, o endividamento tem continuado a aumentar, embora com as taxas de variação anuais a reduzirem-se, em relação ao final de 2022, 1,6 e 3,2 pontos percentuais, respetivamente.
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