No seu relatório semanal, hoje divulgado, a entidade fiscalizadora do setor indica que “o PMVP do gasóleo simples e da gasolina simples subiu 2,3 cts/l [cêntimos por litro] e 3,0 cts/l respetivamente”, entre os dias 07 e 14 de fevereiro.
Por outro lado, os preços de referência ENSE, na mesma semana, “registaram uma redução de 0,5 cts/l no gasóleo simples e um aumento de 3,8 cts/l na gasolina simples”.
No que se refere à média semanal, no período em análise o PMVP da gasolina e do gasóleo foi de 1,825 euros/litro e 1,703 euros/litro, respetivamente.
A média semanal do preço antes de impostos da gasolina foi de 0,682 euros/litro e do gasóleo de 0,740 euros/litro, enquanto a do preço de referência foi de 1,635 e 1,529 euros/litro, respetivamente, e a da margem bruta (que engloba a margem de comercialização e os custos de distribuição dos operadores) se situou nos 0,189 e 0,174 euros/litro, pela mesma ordem.
Segundo a ENSE, a semana de 07 a 11 de fevereiro “ficou marcada por alguma volatilidade, registando, no final da semana, uma forte subida das cotações de petróleo”.
“O início da semana registou uma descida das cotações do petróleo, fruto da reação dos mercados a algumas reuniões bilaterais que estão a procurar desanuviar a tensão geopolítica na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, ao mesmo tempo que os investidores deram sinais positivos face aos avanços nas negociações do acordo nuclear iraniano que pode permitir retomar as exportações de petróleo bruto deste país, reforçando a oferta em pelo menos um milhão de barris diários”, refere.
“Nos dias seguintes — continua — começou a verificar-se uma ligeira subida das cotações do petróleo, após o anúncio da descida inesperada dos ‘stocks’ norte-americanos de petróleo com uma quebra de 4,756 milhões de barris face a uma previsão de aumento de 500 mil barris, sendo que a valorização não foi tão ampla devido à expectativa sobre a evolução positiva das negociações sobre o acordo nuclear iraniano”.
Já no final da semana, “a tendência de subida das cotações manteve-se, atingindo-se novos máximos de sete anos, predominando a reação dos mercados à informação veiculada pela Casa Branca do aumento do nível de risco de invasão militar da Ucrânia por tropas da Rússia, havendo mesmo suspeita de que a mesma pudesse acontecer no decorrer do fim de semana (o que, felizmente, não se confirmou)”.
Assim, destaca a ENSE no relatório, “o cenário do lado da oferta do mercado refletiu estas oscilações, tendo o petróleo Brent começado a semana a valer 92,69 dólares (fecho da primeira sessão) e encerrado a sessão de 11 de fevereiro de 2022 a valer 94,44 dólares (um aumento de 1,75 dólares)”.
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