No final da reunião, na Assembleia da República, que durou pouco mais de 20 minutos, o vice-presidente da bancada social-democrata Afonso Oliveira remeteu para a próxima segunda-feira - data prevista da entrega do documento - qualquer outra avaliação.
“Foi uma reunião muito curta, só deu mesmo para apresentar o quadro macroeconómico e para perceber que só no dia 16 teremos as medidas do Governo. Nessa altura é que analisaremos o documento e só nessa altura será possível analisarmos o que está em causa e a nossa posição”, afirmou.
Questionado sobre o cenário macroeconómico que foi apresentado ao PSD pelo Governo, o deputado remeteu esse anúncio para o executivo.
“Isso terá de perguntar ao Governo qual o quadro macroeconómico. Neste momento, não queremos acrescentar mais nada, é a primeira vez que falamos com o Governo no âmbito do Orçamento do Estado para 2020, não é possível numa reunião tão curta acrescentar mais do que isto”, afirmou.
Interrogado se a possibilidade de os deputados do PSD-Madeira ‘furarem’ a disciplina de voto no próximo Orçamento já foi discutida internamente na bancada, Afonso Oliveira respondeu negativamente.
“Não houve nenhuma discussão nem farei mais nenhum comentário sobre isto”, afirmou.
O ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno, está hoje a apresentar, na Assembleia da República, as linhas gerais da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2020 aos partidos com representação parlamentar.
Pelo PSD, a delegação foi composta pelos vice-presidentes da bancada Afonso Oliveira e Clara Marques Mendes e pelo deputado Álvaro Almeida, vice-coordenador na Comissão de Orçamento e Finanças.
Além de Mário Centeno, o Governo faz-se representar nas reuniões pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.
A proposta de Orçamento do Estado para 2020 deverá ser entregue na Assembleia da República na próxima segunda-feira, começando a ser debatida em plenário, na generalidade, nos dias 09 e 10 de janeiro. A votação final global da primeira proposta orçamental desta legislatura está prevista para 06 de fevereiro.
No projeto de plano orçamental entregue em Bruxelas, com base em “políticas inalteradas”, o Governo antecipou que o défice fique este ano em 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), menos uma décima do que o previsto no Programa de Estabilidade 2019-2023, apresentado em abril, prevendo para 2020 um saldo orçamental nulo, menos três décimas face ao excedente de 0,3% previsto no Programa de Estabilidade.
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