Segundo o relatório da AMT, os portos de Leixões e Aveiro apresentaram taxas de crescimento respetivas de 7,7% e 18,3%, a que corresponde, no conjunto, um acréscimo superior a dois milhões de toneladas.
“No entanto, o porto que mais contribuiu para o desempenho global do sistema portuário foi Lisboa, que comparativamente ao período janeiro-novembro de 2016, registou um acréscimo superior a 2,1 milhões de toneladas, correspondente a 23,5%”, aponta a AMT.
A autoridade da mobilidade refere que o porto de Sines, apesar de manter a sua posição de liderança, com uma quota de 52,2% do volume de mercadorias movimentadas, registou uma queda de 0,9%, face ao mesmo período de 2016, correspondente a um recuo de 406,4 mil toneladas.
“Sublinha-se, no entanto, que este comportamento não reflete qualquer quebra na dinâmica de crescimento que Sines tem vindo a demonstrar de forma sustentável nos últimos anos, mas reflete tão-somente a incapacidade de anular o efeito travão associado ao transbordo circunstancial de 1,7 milhões de toneladas de Petróleo Bruto, que teve que efetuar (extraordinariamente) em 2016 para possibilitar o abastecimento da refinaria de Matosinhos, impossibilitada de descarregar esta matéria-prima no terminal oceânico de Leixões, que esteve inoperacional durante cerca de seis meses para manutenção da sua monoboia em estaleiro”, lê-se no relatório.
O movimento de contentores nos portos comerciais do continente foi de cerca de 2,76 milhões de TEU, “estabelecendo-se assim a melhor marca registada nos períodos homólogos”, ultrapassando em 11% a verificada em 2016.
“Este comportamento é reflexo do desempenho do porto de Sines, que regista idêntica marca ao exceder em mais 14,3% o volume homólogo de 2016", explica a AMT.
A variação “mais expressiva” do volume de TEU movimentado, entre janeiro e novembro de 2017, verificou-se no porto de Lisboa, com uma taxa de mais 29,6%.
No período em análise, o tráfego de contentores representou cerca de 44,8% do volume total de TEU movimentado no sistema portuário e cerca de 79,5% do movimento do porto de Sines.
Entre janeiro e novembro registaram-se 10.085 escalas de navio de diversas tipologias, incluindo navios de cruzeiro e uma arqueação bruta global de cerca de 191,8 milhões, mais 4,3% face a 2016.
“O desempenho dos mercados das cargas regista comportamentos diversos e com impactos muito distintos. Nesta perspetiva, a influência mais significativa verifica-se nos produtos petrolíferos, que registam um crescimento de +14,3% elevando a sua quota para 18,6%, e na carga contentorizada, cujo volume aumenta 5,7% e representa 35,4% do total. Já a classe do Petróleo Bruto registou uma quebra de 15,4%, com uma quota de 15,2%”, referiu a mesma fonte.
A carga embarcada atingiu cerca de 36 milhões de toneladas, o que se traduziu numa quebra de 0,1%.
Sines mantém a maioria do volume de carga embarcada, com uma quota de 48,8%, seguido por Leixões (19,1%) e Lisboa (13,3%).
“Quanto ao volume de carga desembarcada, na qual as “importações” representam em regra mais de 90%, verificou-se um aumento de +6,9%, face ao valor observado no mesmo período de 2016, atingindo cerca de 52,8 milhões de toneladas”, revela o documento.
No que respeita ao desempenho global dos portos comerciais, face às operações de desembarque, Sines lidera com uma quota de 54,6%, seguido por Leixões (21%), Lisboa (12,2%), Aveiro (6,1%).
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