Fonte oficial do grupo parlamentar do PS adiantou à agência Lusa que esta audição na comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública vai ser pedida com caráter de urgência.

O objetivo dos socialistas, de acordo com a mesma fonte, é que Miranda Sarmento “de uma vez por todas explique as declarações que anda a fazer sobre a execução orçamental”.

“Estas afirmações estão a pôr em causa a credibilidade externa do país que tanto custou a recuperar e isso é inaceitável”, afirma a mesma fonte oficial.

Joaquim Miranda Sarmento contabilizou hoje em 2,5 mil milhões de euros o total de despesa levada a cabo pelo anterior governo no arranque do ano, que não constava do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

Numa intervenção na conferência anual das Associações de Crédito Especializado (ASFAC), Joaquim Miranda Sarmento criticou o anterior executivo (PS) por despesas aprovadas no início do ano, algumas das quais já depois das eleições legislativas de 10 de março, que ditaram a vitória da coligação AD (PSD/CDS-PP/PPM).

“Estamos a falar de 2,5 mil milhões de euros que não estavam no documento que a Assembleia da República aprovou no Orçamento do Estado”, disse.

O governante afirmou que o anterior governo aprovou despesas extraordinárias no valor de 1.080 milhões de euros, sendo 960 milhões de euros depois das eleições legislativas de 10 de março.

Miranda Sarmento voltou a defender que a situação orçamental que o atual executivo encontrou é “diferente daquela que tinha sido anunciada”.