A oferta arrancou a 14 de agosto e as ordens de venda das unidades de participação foram dadas até sexta-feira às 15:30 (hora de Lisboa), oferecendo a associação mutualista um euro por cada unidade de participação (o mesmo preço a que foram emitidas).
Quando a OPA foi anunciada, em 4 de julho, os títulos do Montepio fecharam a 0,497 euros e logo na sessão seguinte subiram para o preço da OPA, valor a que fecharam também hoje.
O apuramento dos resultados da oferta é formalmente realizado hoje, numa sessão na bolsa de Lisboa, com a presença do presidente da associação Montepio, Tomás Correia. Contudo, há a expectativa que os resultados possam ser conhecidos mais cedo.
As unidades de participação do fundo de participação da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) não são ações, mas estão cotadas em bolsa e incluídas no PSI20.
A Associação Mutualista Montepio Geral disse, no anúncio da OPA, ser sua intenção promover o mecanismo de perda da qualidade de sociedade aberta, pelo que caso a OPA vá avante e tenha sucesso os títulos da CEMG deixarão de ser cotados em bolsa.
Na operação, a associação mutualista previa gastar cerca de 86 milhões de euros tendo em conta as Unidades de Participação da Caixa Económica Montepio Geral que não estão nas suas mãos.
A Associação Mutualista é o topo do Grupo Montepio e tem como principal empresa subsidiária a CEMG, que desenvolve o negócio bancário.
Ao que tudo indica, esta OPA tem como objetivo preparar a nova fase do banco mutualista.
É conhecido que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pode vir a entrar no capital da Caixa Económica, deixando a totalidade do capital social de ser propriedade da Associação Mutualista.
A CEMG teve lucros de 13 milhões de euros entre janeiro e junho deste ano, que compara com o prejuízo de 68 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2016.
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