“A maior parte dos projetos que nós incubamos tem uma base tecnológica, muito virados para o digital e para o ‘online’, mas isso não dispensa, de modo nenhum, que tenham também uma presença física e elas [as empresas] percebem também a importância”, disse à agência Lusa, o diretor da Startup Lisboa, Miguel Fontes.
Frisando que nalguns casos isso “justifica-se mais”, o responsável explicou que o objetivo deste espaço físico é “dar a conhecer o produto” e “fazer teste de conceito”.
“Ainda por cima, tirando proveito da nossa localização, que é uma localização altamente privilegiada, porque estamos na Rua da Prata e na zona histórica da cidade”, notou.
De portas abertas desde segunda-feira, mas hoje apresentada à imprensa, a loja de 60 metros quadrados situada no número 86 na Rua da Prata tem, para já, três ‘startup’ instaladas, da área da moda, dos acessórios e da roupa de praia: a Freakloset, a Pop the Bubble e a Vertty.
“A ideia de a Startup Lisboa passar a disponibilizar às suas incubadas, nomeadamente àquelas que trabalham na área do comércio, uma loja física prende-se com a melhoria da nossa oferta e com a valorização dos serviços que pomos à disposição das nossas incubadas”, observou Miguel Fontes.
Segundo o diretor da incubadora, o modelo de arrendamento é “variável e flexível”.
“Menos do que um mês não é interessante para dar às marcas porque estas têm de fazer a customização do espaço e operacionalizá-lo com recursos humanos, mas poderá ir até três meses”, assinalou Miguel Fontes, indicando que a permanência será ajustada em função da procura.
“Nós queremos que, sendo um espaço interessante, possa estar ao serviço de um maior número de projetos possível”, salientou.
Apoiada pela Câmara Municipal, a Startup Lisboa tem também como membros fundadores a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) e o banco Montepio.
No espaço onde vai funcionar a loja, estava instalada uma agência do Montepio, entretanto encerrada, pelo que o espaço foi cedido sem qualquer custo.
A Startup Lisboa teve de fazer obras, mas foram “relativamente simples”, assentes na limpeza, na pintura e na verificação das instalações elétricas, num investimento “reduzido”, segundo Miguel Fontes.
Quando não houver procura por parte das empresas incubadas, a loja estará disponível para outras marcas que ali queiram vender os seus produtos.
A loja será, assim, uma fonte de financiamento da Startup Lisboa, associação privada sem fins lucrativos, que ali vai ainda promover a sua linha de ‘merchandising’.
As rendas cobradas são diferentes para entidades que estão ou não incubadas, sendo que, para as que estão, o desconto é de 60% face ao preço de mercado, que ronda os 4.000 euros.
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