A Segurança Social vai pagar a 81 mil empresas, na segunda-feira, 5,7 milhões de euros de apoios à família relativos à primeira semana de janeiro, quando as escolas fecharam devido à pandemia, disse hoje a tutela.
O período de entrega de requerimentos à Segurança Social do apoio à família, por parte dos empregadores, abriu na segunda-feira e, nos primeiros dois dias, foram entregues pedidos relativos a 16 mil trabalhadores, segundo dados oficiais.
A CGTP exigiu hoje que o Governo garanta "a todos, sem exclusões", o pagamento a 100% do apoio excecional à família, que será reativado de 2 a 9 de janeiro, quando as escolas estiverem fechadas devido à pandemia.
O apoio à família, reativado de 2 a 9 de janeiro, destina-se a quem tem filhos menores de 12 anos, mas em caso de teletrabalho, abrange apenas pais com filhos na escola até ao 4.º ano.
A Segurança Social anunciou hoje que vai abrir um novo prazo para pedidos de apoio à família relativos a períodos anteriores e outro para requerer o Apoio Extraordinário ao Rendimento dos Trabalhadores (AERT) referente a janeiro.
Milhares de alunos poderão ficar sem aulas caso os professores com filhos pequenos optem por requerer a assistência à família que permite suspender temporariamente a sua atividade, alertou hoje a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
O PS ficou hoje isolado a defender o Governo no debate sobre os apoios às famílias devido ao encerramento das escolas, no qual a oposição acusou os socialistas de terem reagido por recearem uma maioria contrária.
Portugal é o quinto país, entre os membros da União Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com as melhores políticas de apoio à família, segundo dados de 2016 divulgados hoje pela UNICEF.