O Hospital de Santa Maria foi notificado pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa para realizar uma consulta ‘online’ às gémeas que receberam um tratamento de milhões de euros em 2020, disse hoje à Lusa fonte hospitalar.
A primeira consulta das gémeas luso-brasileiras no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, ocorreu a 5 de dezembro de 2019, altura em que estavam em funções na Secretaria de Estado da Saúde António Lacerda Sales e Jamila Madeira.
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) já recebeu o relatório final da auditoria interna ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria e enviou-o à Inspeção-Geral da Saúde e à tutela.
A ministra da Justiça salientou hoje, acerca da investigação ao caso das gémeas luso-brasileiras, não lhe competir "imiscuir-se nos poderes do Ministério Público (MP), pelo que aguarda os "resultados dos procedimentos" do MP.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, considerou hoje que seria inaceitável que uma decisão clínica fosse ultrapassada por uma pressão política, em resposta a uma questão sobre o caso das gémeas luso-brasileiras.
O primeiro-ministro afirmou hoje que o seu gabinete seguiu os procedimentos habituais de reencaminhamento no caso das gémeas luso-brasileiras tratadas em Lisboa, após receber uma comunicação da Casa Civil da Presidência da República.
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) esclareceu hoje que a auditoria interna sobre o processo de administração de medicação para a atrofia muscular espinhal não se resume ao caso das gémeas luso-brasileiras.
O advogado da família das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital de Santa Maria para a atrofia muscular espinhal recusou a existência de qualquer ‘cunha’ e salientou que o acesso das crianças ao tratamento até foi dos casos mais demorados.
O antigo governante António Lacerda Sales afirmou hoje que nenhum secretário de Estado tem poder para marcar consultas e influenciar ou violar a consciência e a autonomia de qualquer médico, referindo-se ao caso das gémeas luso-brasileiras.
O presidente do Chega considerou hoje que ainda existem explicações a ser dadas pelo Presidente da República sobre o tratamento de duas crianças luso-brasileiras em Lisboa e admitiu propor uma comissão parlamentar de inquérito.