O ministro da Economia e Finanças, Bruno Le Maire, explicou numa entrevista à rádio “Europe 1” que este imposto digital “é um começo”, e lamentou que quatro dos 27 países membros da União Europeia (UE) tenham bloqueado a iniciativa neste âmbito.
Em qualquer caso, disse confiar que esta medida pode ser aplicada à escala internacional, já que os Estados Unidos são favoráveis à sua implementação.
O texto do executivo prevê a aplicação de um imposto de 3% sobre a faturação do negócio digital para as empresas cujas vendas mundiais nesta atividade sejam superiores a 750 milhões de euros e ascendam a 25 milhões de euros em França.
O imposto, que terá efeito a partir de 01 de janeiro passado, cobre atividades, nomeadamente a publicidade ‘online’ e a venda de dados pessoais.
Le Maire calcula que, com este imposto, o Estado arrecadará cerca de 500 milhões de euros, anualmente, mas que este montante poderá “aumentar rapidamente”.
O governante justificou a introdução deste imposto com a necessidade de “restabelecer a justiça fiscal”, tendo em conta que os gigantes da internet pagam 14 pontos percentuais menos em termos fiscais relativamente a uma pequena e média empresa (PME) francesa.
A medida irá abranger cerca de 30 multinacionais, a maioria norte-americanas, mas também chinesas e europeias. Entre elas estão a Google, Amazon e o Facebook.
A França será, em princípio, o primeiro país da UE a implementar este imposto, uma vez que o projeto hoje apresentado na reunião de Conselho de Ministros deverá ser aprovado pelo parlamento francês nos próximos meses, onde o partido liderado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, tem a maioria.
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