Em declarações à agência Lusa, à margem do Digital Day 2018, iniciativa organizada pela Comissão Europeia no âmbito da presidência búlgara do Conselho da União Europeia (UE), Manuel Heitor reforçou que Portugal tem “claras ambições de, até 2030, liderar a área de digital”.
O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, que participou no painel “Digital Day one year after: investing together in the future”, subscreveu hoje três “importantes” declarações que pretendem “reforçar, por um lado, a área da inteligência artificial, e, por outro, algumas tecnologias específicas como o ‘blockchain’” e também inseri-las no contexto do desenvolvimento dos ecossistemas de informação.
“É no contexto de valorizar o digital em Portugal que só faz sentido estarmos constantemente inseridos nas redes europeias para melhor podermos criar empregos, ao mesmo tempo que valorizamos o conhecimento na área do digital”, salientou.
Para Manuel Heitor, o grande desafio que a Europa enfrenta é “olhar para o digital como uma oportunidade para a coesão e a competitividade”.
“E juntar coesão e competitividade na Europa nem sempre tem sido comum. A questão crítica é como, através das tecnologias digitais, podemos olhar simultaneamente para mais competitividade, com mais financiamento para o desenvolvimento empresarial, mas ao mesmo tempo não deixando ninguém de fora”, apontou.
O ministro considera que é possível materializar a ideia de mercado único digital na UE caso todos os Estados-membros encararem a necessidade do desenvolvimento de competências digitais.
“Por isso é que em Portugal estamos a dar especial ênfase à ‘Iniciativa Nacional Competências Digitais’”, frisou.
A ‘Iniciativa Nacional Competências Digitais e.2030, Portugal INCoDe.2030’ preconiza uma estratégia para o desenvolvimento digital do país, que pretende posicionar Portugal no grupo de países europeus de topo em matéria de competências digitais até 2030.
Manuel Heitor enalteceu ainda o lançamento de novos programas na UE, nomeadamente o programa VentureEU, hoje apresentado, que permite “financiar pequenas e médias empresas que podem ter acesso a novos mercados”, ou o reforço do investimento na área da inteligência artificial.
“Claramente a inteligência artificial se for vista como um processo também de responsabilidade institucional é uma área de negócio”, considerou.
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