“Nos últimos quatro anos investimos cerca de 28 milhões de euros na Madeira com o objetivo de implementar as redes de futuro e temos na Madeira uma rede fixa e rede móvel preparada para 5G [quinta geração]”, disse o diretor executivo da NOS, Manuel Ramalho Eanes.
O responsável da operadora deslocou-se à Madeira para inaugurar o novo ‘data center’ da empresa na região, que representou um investimento de 500 mil euros.
Falando sobre o “passado, presente e futuro” da NOS na Madeira, salientou que os investimentos feitos visam “dotar a região das mais avançadas redes de comunicações do país e para garantir também o seu desenvolvimento económico e social” do arquipélago.
O diretor executivo apontou que vão ser investidos, em 2022, “mais cerca de 12 milhões de euros para construir a rede 5G na Madeira”, visando a empresa ter “serviços, produtos e inovação que impactem de forma material quer as famílias, empresas e instituições”.
Sobre o novo ‘data center’, considerou que “é um marco tecnológico muito relevante” e é “demonstrador da ambição de liderar a transformação digital dos portugueses, em especial dos madeirenses”.
Também mencionou que este investimento vem renovar uma infraestrutura que tinha 37 anos, tendo sido construído de raiz, “com toda a tecnologia associada a um novo paradigma digital inteligente” que tem de ser preparado face à renovação da geração móvel (5G).
O novo ‘data center’ “permite reforçar toda a oferta de serviços e tecnologia para as empresas da região”, dispõe de “300 metros quadrados de espaço para oferecer à região, com serviços dos mais modernos e eficientes” neste tipo de infraestruturas.
Manuel Ramalho Eanes ainda salientou que um dos aspetos da construção foi a “solução energética que garante uma poupança na ordem dos 28% face aquilo que seria uma construção mais tradicional”.
No que diz respeito ao futuro, apontou que a operadora pretende “firmar os compromissos com a Madeira”, “continuar a ser um sólido e verdadeiro parceiro”, um “motor de vanguarda” tendo em conta a “revolução tecnológica” que se avizinha e contribuir para que esta região “possa marcar o seu lugar no mapa dos 5G”.
“Estamos perante desafios gigantescos para o futuro e a revolução digital significa para a região uma grande vantagem competitiva”, afirmou, por seu turno, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.
“A Madeira pode afirmar-se no campo das novas tecnologias como qualquer região central na Europa ou centro de grande metrópole”, considerou.
O governante insular apontou que, os dados relativos a 2019, indicam que a região tem 27 das mais importantes empresas tecnológicas, as quais registaram um volume de negócios na ordem dos 80 milhões de euros.
“Isso significa que, neste momento, a nossa aposta é a renovação digital e captação de talentos no quadro de fixação de empresas e inovação na Madeira”, sublinhou Albuquerque, dando como exemplo o “trunfo” que tem sido a vinda dos nómadas digitais.
O chefe do executivo madeirense realçou que “agora o desafio é a região avançar, em parceria com as principais empresas, na criação de centros de pesquisa e investigação relativamente à evolução previsível das novas tecnologias”, apontando que são esperadas “mudanças brutais” nos próximos cinco anos, “sobretudo através da utilização da inteligência artificial e sensores”
“A Madeira quer estar na linha da frente”, concluiu.
O diretor da NOS Madeira, Ricardo Cardoso, comparou o trabalho realizado para a requalificação do novo ‘data center” da Madeira a “mudar os reatores de um avião com a aeronave a voar” para não afetar os clientes.
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