A filial de programação informática da VW, Cariad, vai desenvolver com a Bosch “funcionalidades que permitam aos condutores tirar as suas mãos do volante temporariamente”, detalharam os dois grupos, em comunicado.
Destinados ao conjunto dos modelos da marca, do Volkswagen Polo até ao Lamborghini, estes sistemas também vão ficar disponíveis a outros construtores, clientes da Bosch.
Os dois parceiros declaram apostar em “levar a engenharia informática alemã a um novo nível” de perícia na condução autónoma, afirmou o presidente da Cariad, Dirk Hilgenberg, durante uma teleconferência.
“A velocidade é essencial” e “sabe-se que só há um único concorrente no mercado”, acrescentou.
O presidente da VW, Volkswagen, Herbert Diess, preparava em novembro o conglomerado para uma “revolução” que khe permitisse enfrentar a concorrência da Tesla.
A empresa norte-americana já reúne uma quantidade muito grande de informação com as suas centenas de milhares de veículos em circulação, ligados em rede, o que lhe permite inovar mais depressa nos programas de assistência à condução.
Por seu lado, a VW e a Bosch vão trabalhar a partir de informação reunida “com a ajuda de uma das maiores frotas de veículos conectados do mundo”, que oferece “uma enorme base de dados para levar os níveis de condução autónoma a um nível superior”, disse Mathias Pillin, responsável do desenvolvimento informático na Bosch.
A VW e a Cariad visam desde já os designados sistemas de condução autónoma de nível 2, que permitem ao condutor largar momentaneamente o volante, mas permanecendo atento, “na cidade, no campo e na autoestrada”.
Os dois parceiros vão desenvolver também um sistema de nível 3 para a autoestrada.
Este nível de autonomia, o mais avançado atualmente, disponível em algumas viaturas topo de gama, permite ao condutor desviar o olhar da estrada e ceder ao veículo a totalidade da condução.
o condutor guarda contudo a possibilidade de recuperar o controlo a todo o momento e tem de intervir num determinado período de tempo, se o veículo o solicitar.
A possibilidade de desenvolver um sistema de conduta inteiramente automatizada, de nível 4, vai ser “avaliada”.
O potencial da viatura autónoma é enorme. A consultora McKinsey estima que em 2030 quase dois terços (64%) dos veículos vendidos vão ter funções autónomas de nível 2 ou mais.
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