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Alguma disfuncionalidade familiar até é saudável

Já há umas semanas que não falava de sitcoms neste espaço e nada melhor de que uma que inspirou muitas das nossas favoritas do século XXI. Não têm sido anos fáceis para as séries do género depois de uma primeira década que trouxe exemplos como “How I Met Your Mother”, “Modern Family”, “30 Rock”, “The Office”, “Parks and Recreation”, entre outras.

Dentro desta lista está também a série “Arrested Development” , criada em 2003 por Michael Hurwitz. Acompanha a disfuncional família Bluth que vê o seu império imobiliário desmoronar, quando o patriarca Oscar Bluth (Jeffrey Tambor) é apanhado num esquema de fraude e de fuga ao fisco. Habituados a viver do dinheiro que a empresa familiar gerava, os Bluth são obrigados a adaptar-se a uma nova realidade onde o luxo e os “facilitismos” vão rapidamente desaparecendo.

Vamos conhecer um pouco melhor esta família:

Michael é o filho do meio que há vários anos sonhava suceder ao pai na liderança da empresa, o que acaba por acontecer, mas não no contexto que queria. Agora, no seu novo papel, é obrigado a recuperar o negócio e a tomar conta da sua família, que parece sempre conseguir ser mais problemática do que o próprio. É desempenhado por Jason Bateman que, afinal, em 2003, antes de ir para “Ozark”, já sabia o que era fazer sacrifícios pela família.

George Michael é o filho de Michael, com o qual tem uma relação muito próxima e que está disposto sempre a ajudar. Ao mesmo tempo, desenvolve uma “crush” estranha pela prima rebelde Maeby, que nunca lhe passa cartão nenhum. É desempenhado pelo ator Michael Cera.

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Gob é o filho mais velho e o claro exemplo de alguém que se habituou a viver daquilo que os seus pais ganharam, nunca conseguindo ter um trabalho estável. Acabou por ir para mágico, mas nem isso faz muito bem. Desempenhado por Will Arnett que ficou famoso nos últimos anos por dar a voz a “Bojack Horseman”.

Buster (Tony Hale) é o irmão mais novo que sofre de um autismo agudo e que tem dificuldades em comportar-se socialmente, mas que conta com a ajuda dos irmãos para o fazer.

Lindsay (Portia De Rossi) é a irmã gémea de Michael que, tal como Gob, se habituou a participar em eventos e fundações com o dinheiro da empresa e quando deixa de o poder fazer, passa um mau bocado a tentar arranjar um emprego a sério, enquanto gasta o dinheiro que já não tem. É casada com Tobias Funke (David Cross), um ex-psiquiatra que perdeu a licença e que agora tenta perseguir a carreira de ator.

Lucille (Jessica Walters) é a mãe da família que não dá o melhor exemplo aos seus filhos, passando o tempo com preocupações materialistas e com uma dependência de álcool, sem que isso a impeça de lhes dar sermões.

  • Recuperada pela Netflix: a série foi transmitida na FOX entre 2003 e 2006, ano em que foi cancelada. Em 2011, a plataforma de streaming recuperou a série e fez uma quarta temporada em 2013, seguida de uma quinta que teve a primeira parte a estrear em 2018 e a segunda em 2019.
  • Um narrador faz diferença: a série é narrada pelo famoso realizador Ron Howard (“A Beautiful Mind”), que também foi produtor executivo.
  • 6 Emmys e um Globo de Ouro depois: foi o reconhecimento que a série recebeu por ser uma das mais influentes das últimas décadas.
  • Onde ver: as cinco temporadas estão disponíveis na Netflix.

Como aprender História em 20 minutos?

Nem todos os conteúdos que observamos tem de ser apenas para nos entreter. A nova série documental da Netflix “História em Imagens” (“History 101” na versão original) tenta em episódios de 20 minutos arranjar uma forma de transformar informação volumosa e complexa sobre diferentes momentos da História em conhecimento que possamos adquirir e utilizar para o nosso comportamento futuro.

Como é que faz isso? Primeiro, através do acesso a um rico arquivo histórico que permite que as palavras da narradora sejam complementadas por uma componente visual que ajuda a compreender o que está a ser dito. Segundo, através de infografias que acabam por ser os grandes destaques em cada episódio, em que informação mais densa é concentrada num conjunto de animações que dão uma interação e interesse maior a quem está a assistir ao episódio.

Composta por 10 episódios, “História em Imagens” aborda temas como o crescimento das cadeias fast food, a origem da guerra espacial entre os EUA e a URSS, a evolução da China nos últimos anos, o investimento em robôs e os perigos e benefícios que isso traz para o futuro do trabalho.

  • O impacto inicial: na introdução de cada episódio aparece sempre com uma questão sobre o tema que vai ser abordado, com o objetivo de que a audiência possa responder no final de cada “explicação”. Por exemplo, no episódio dos robôs é colocada a pergunta “Servants or Masters?” (“Servos ou Chefes”).
  • Onde ver: os 10 episódios estão disponíveis na Netflix.

Parabéns adiantados, Clint Eastwood!

Não gosto de agoirar, mas o problema de fazer uma newsletter a um dia fixo é que nem sempre conseguimos que uma efeméride importante calhe no dia em que é publicada ou pelo menos nos dias que a antecedem. A verdade é que o lendário ator e realizador Clint Eastwood (ou Clint Hollywood, uma brincadeira para aqueles que não se lembram da existência dos filmes sem este estar presente), irá fazer 90 anos no domingo e não podia deixar passar a data sem relembrar a sua vida e alguns dos seus principais projetos.

Nascido no dia 31 de maio de 1930 no estado da Califórnia, nos EUA, Eastwood foi um filho da Grande Depressão, crise económica que levou a que a sua família tive de se deslocar bastante quando era criança. Depois de uma curta carreira militar, ganhou fama com uma trilogia de três “spaghetti” westerns (nome dado aos filmes italianos de cowboys) de Sergio Leone, em que protagonizou a personagem The Man With No Name (“O Homem Sem Nome”) que o imortalizou para sempre na indústria do cinema, nomeadamente, com o filme “The Good, The Bad and The Ugly” (“O Bom, O Mau e o Vilão”).

O resto, como se diz na gíria, é História. À arte de atuar em frente às câmaras, Clint Eastwood juntou a arte de estar atrás de uma, bem como a de escrita de argumentos para os filmes nos quais participava. Nos últimos 45 anos, os projetos nos quais esteve envolvido, quer como ator quer como realizador, receberam 41 nomeações para os Óscares, nas quais 13 saíram vencedoras. Nunca ganhou um Óscar como ator, mas levou para casa o Óscar de Melhor Filme e de Melhor Realizador com “Unforgiven” e “Million Dollar Baby”.

Top 5 de Filmes de Clint Eastwood, de acordo com o Metacritic:

  1. The Good, The Bad and The Ugly (1966)
  2. Dirty Harry (1971)
  3. Cartas de Iwo Jima (2006)
  4. Million Dollar Baby (2004)
  5. Unforgiven (1992)
  • Qual é o teu filme favorito do Clint Eastwood? Partilha comigo, respondendo à newsletter.
  • Para ficares a conhecer melhor: Um documentário sobre Clint Eastwood no YouTube.
  • Tornou-se um símbolo da Cultura Pop: Como exemplifica a música dos Gorillaz “Clint Eastwood”, cuja letra inclui frases usadas pelo ator americano nos seus filmes.

Créditos Finais

  • “Deixem o Pimba em Paz”, projeto musical de Bruno Nogueira, com Manuela Azevedo dos Clã e Filipe Melo vai regressar aos palcos na próxima semana, com dois concertos no Campo Pequeno. Os bilhetes? Esgotaram em poucos minutos.
  • Poolside.FM é a rádio online mais descontraída para quem se quer manter longe da praia, mas quer sentir-se numa festa na piscina. Ouve aqui.
  • Festivais de Música começam a anunciar cartazes para 2021. Lá fora, o Primavera Sound de Barcelona já anunciou dezenas de nomes como Gorillaz, The Strokes, Tame Impala, Tyler the Creator, entre outros. Por cá, já houve uma algumas confirmaçõezinhas.
  • Drive-In da Comic Con começa no dia 1 de junho e traz um cartaz recheado de filmes premiados pelos Óscares que poderás ver do teu carro. Sabe mais neste artigo do SAPO24.
  • O Festival de Cinema do YouTube "We Are One" começa hoje e vai decorrer até 7 de junho. Vê o cartaz aqui.

Tens recomendações de coisas que eu podia gostar? Ou uma review de um dos conteúdos que falei?
Envia para miguel.magalhaes@madremedia.pt