“Uma década de saudade, mas não de ausência”, sublinha a Fundação José Saramago (FJS), recordando todas as iniciativas relacionadas com o autor português vencedor do Nobel da Literatura e com a sua obra, que têm sido desenvolvidas.
É o caso da reedição de vários livros, o lançamento de dois romances inéditos, “Claraboia” e “Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas”, um volume dos seus diários (“Último Caderno de Lanzarote”) e uma conferência para entender o conjunto da sua criação, intitulada “Da Estátua à Pedra”, recorda a fundação em comunicado.
Em torno da obra literária e do pensamento de Saramago, surgiram ao longo da última década projetos musicais, obras de teatro, filmes, exposições, congressos de literatura, encontros e manifestações cívicas em todo o mundo, acrescenta a FJS.
Mais uma vez, o autor do “Memorial do Convento” será evocado, desta vez a propósito do aniversário da sua morte, que no dia 18 de junho completa dez anos, com uma leitura de “Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas”, pela voz dos atores André Levy, Joana Manuel e Tiago Rodrigues, numa sessão que será transmitida por 'streaming', através da Maple Live, a partir das 18:30.
A receita da bilheteira virtual (os bilhetes têm um custo de três euros) reverte na totalidade para um Fundo de Apoio aos Profissionais da Cultura, que está a ser organizado.
“Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas” é o romance que José Saramago estava a escrever na altura em que “deixou de estar”, expressão que o escritor gostava de usar para se referir à morte.
O livro foi publicado em 2014 tal como o escritor o havia deixado: além dos três primeiros capítulos, que começam a desvelar a história de Artur Paz Semedo, um homem em conflito moral por trabalhar numa fábrica de armamento, foram também publicadas as notas que José Saramago deixou como preparação prévia para a escrita do romance.
A sessão de leitura vai estar disponível em https://www.crowdcast.io/e/fjsaramago20200618-alabardas.
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