Chetna Maroo é candidata com o seu romance de estreia, “Western Lane”.
Entre as obras escolhidas está igualmente “The Wren, The Wren”, da irlandesa Anne Enright, autora que tem publicadas em Portugal outras obras como “A Valsa Esquecida” (2012), “Corpo Presente” (2007) e “O Prazer de Eliza Lyinch” (2006).
Da lista hoje divulgada, faz também parte Kate Greenville, com “Restless olly Maunder”. Desta autora australiana, também está publicado em Portugal “O Rio Secreto” (2007).
Entre as restantes 13 obras da lista encontram-se “Hangman”, de Maya Binyam, autora que atualmente vive em Los Angeles, e cujo romance foi considerado “melhor livro de 2023”, pela revista The New Yorker, a Vulture e a BBC; “In Defense of the Act”, de Effie Black, que vive em Londres; e “And Then She Fell”, de Alicia Eliot, uma nativa da tribo Tuscarora, no Estado norte-americano da Carolina do Norte, atualmente a viver na região canadiana de Ontário.
“The Maiden”, da inglesa Kate Foster, atualmente a viver na Austrália, e “Brotherless Night”, da norte-americana V.V. Ganeshananthan, são outras obras candidatas, assim como “Enter Ghost”, da britânico-palestiniana Isabella Hammad, “Soldier Sailor”, da irlandesa Claire Kilroy, nascida em Dublin, onde vive, e “8 lives of a Century-old trickster”, da sul-coreana Mirinae Lee.
A lista de candidatas ao Women's Prize de literatura completa-se com “The Blue, Beautiful World”, de Karen Lord, dos Barbados, “Nightbloom”, de Peace Adzo Medie, da Libéria, “Ordinary Human Failings”, de Megan Nolan, da República da Irlanda, “A Trace of Sun”, da britânica Pam Williams de origem granadina, e “River East, River West”, da autora franco-chinesa-norte-americana Aube Rey Lescure.
A escritora Monica Ali, que preside ao júri, sobre a seleção feita afirma, no 'site' do prémio: "Com a força e a vitalidade da ficção feminina contemporânea em evidência, ler os livros candidatos ao Women’s Prize, deste ano, foi uma experiência feliz. Cada um desses livros é brilhante, original e totalmente incontestável. Coletivamente, eles oferecem uma ampla gama de narrativas convincentes de todo o mundo, escritas com entusiasmo, inteligência, paixão e compaixão.”
O Women's Prize for Fiction, que no ano passado distinguiu a norte-americana Barbara Kingsolver por “Demon Copperhead”, uma reinvenção de “David Copperfield”, de Charles Dickens, tem por objetivo reconhecer a ficção escrita por mulheres em todo o mundo.
Criado em 1992, em Londres, capital britânica, por um grupo de homens e mulheres jornalistas, críticos, agentes, editores, bibliotecários e livreiros, o prémio foi uma resposta ao facto de, no ano anterior, a lista de finalistas do prestigiado prémio literário Booker não ter incluído uma única mulher.
Em 1992, apenas 10% das finalistas ao Booker Prize tinham sido mulheres.
A vencedora, que será conhecida no próximo 12 de junho, recebe um prémio monetário no valor de 30 mil libras (perto de 35 mil euros).
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