Rodado em janeiro de 1972, na Igreja Batista de New Temple Missionary, em Los Angeles, durante dois concertos de gospel da cantora norte-americana Aretha Franklin, “Amazing Grace”, o filme, ficou retido na produtora Warner Brothers, devido a problemas de sincronização de áudio e som, que a tecnologia da altura não permitiu resolver.
O documentário de Sidney Pollack documenta os espetáculos e a gravação do duplo álbum ao vivo da cantora, igualmente intitulado "Amazing Grace", que liderou o 'top' de vendas, após a publicação, em junho de 1972, nos Estados Unidos, tendo conquistado a certificação de dupla platina, segundo o histórico da Billboard.
O álbum deu um prémio Grammy a Aretha Franklin, em 1973, mantém-se entre os mais vendidos da carreira da cantora e também entre os mais vendidos de música gospel.
A revista Variety, que primeiro noticiou a estreia do filme, recordou que esta se verifica três anos depois de os advogados da cantora terem impedido o produtor Alan Elliott de o lançar, alegando que, apesar de Franklin ter gostado do resultado, os direitos de imagem estavam exclusivamente reservados a Sydney Pollack, que falecera em 2008.
Alan Elliott comprou o filme em 2007 e tencionava estreá-lo em 2015, nos festivais de Telluride e Toronto.
A sobrinha de Aretha Franklin, Sabrina Owens, contou à Variety que Elliott apresentou, nas últimas semanas, o filme à família da cantora, que “adorou” o trabalho “apaixonado” do produtor, permitindo que se avançasse com a estreia.
Para Owens, o filme “mostra uma Aretha com uma luz diferente”, sendo “uma oportunidade para aqueles que não a viram num contexto gospel, perceberem como a sua música é diversificada”.
Elliott considera que o filme, que já entrou no 'site' de votação dos Óscares de 2019, “vale por si só, por isso teria sucesso tanto no próximo ano como há dois ou três anos”.
“Aretha sempre quis ser uma estrela de cinema, e sentimos que esta é a oportunidade de o ser", disse o produtor, concluindo que, de facto, “ela é uma estrela de cinema”.
"Amazing Grace", o documentário, é exibido hoje, no Teatro SVA (School of Visual Arts), de Manhattan, às 18:45 (23:45, em Portugal Continental e Madeira), e às 21:30 (hora local), conforme a programação do DOC NYC.
As duas sessões estão esgotadas.
A cantora norte-americana Aretha Franklin, conhecida pela “Rainha da Soul”, morreu no dia 16 de agosto, aos 76 anos.
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