Aldina Duarte vai atuar para uma plateia de 400 pessoas em cima do palco da sala das portas de Santo Antão.
Com a fadista vão estar os músicos Ana Isabel Dias (harpa), Bernardo Romão (guitarra portuguesa) e Rogério Ferreira (viola).
O novo álbum, como Aldina Duarte afirmou em entrevista à agência Lusa, é uma declaração de amor à poesia e à liberdade, e um alerta sobre a relação humana com a natureza.
O título “Metade-Metade” “é devido”, explicou, à parceria com a ‘rapper’ Capicua, sendo metade seu e metade da autora dos 11 poemas interpretados nos 11 fados tradicionais que constituem o álbum.
Para Aldina Duarte, é importante o fado cruzar-se com outras pessoas que não são do fado, mas que respeitem as suas regras e abram caminho, como aconteceu com Capicua, ao nível da linguagem.
“Tendo como ponto de partida que elas respeitem o fado e tenham a consciência que estão a entrar numa arte muito antiga, muito rica em que se tem de mexer com pinças”, o resultado é positivo.
Um dos temas intitula-se “Majestade [25 de Abril]”, que canta no Fado Triplicado, de José Marques ‘Piscalarete’, e que apontou como o seu “primeiro fado assumidamente político”.
“Um fado biográfico de uma classe social, e que dá voz à classe dos pobres, que é de onde eu venho, e que era a maioria da população portuguesa antes do 25 de Abril”, recordou.
“O 25 de Abril é a data mais importante da minha vida, foi a primeira data que eu celebrei, porque não havia aniversário para os pobres”, declarou a fadista, cujo percurso artístico é posterior à queda da ditadura.
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