É de Vinhais, no distrito de Bragança, que parte a peregrinação mais longa até Fátima, com mais de 400 quilómetros. É lá que também começa a narrativa ficcional de João Canijo, centrada na convivência entre 11 mulheres a caminho do santuário, a propósito de um 13 de maio.
“Não começou por ser um filme sobre a crença, mas sobre as relações de grupo. E as relações de grupo entre mulheres parecem-me muito mais interessantes do que com homens à mistura”, explicou João Canijo em entrevista à agência Lusa.
O pretexto para João Canijo explorar esse tema acabou por ser a peregrinação a Fátima, que as 11 atrizes – e o próprio realizador – experimentaram no processo criativo e que simularam depois na rodagem.
Em “Fátima” entram as atrizes Rita Blanco, Anabela Moreira, Cleia Almeida, Vera Barreto, Teresa Madruga, Ana Bustorff, Teresa Tavares, Alexandra Rosa, Íris Macedo, Sara Norte e Márcia Breia.
Apesar de “Fátima” ter uma base documental, o realizador alerta: “Foi tudo absolutamente estudado. (…) Portanto, confunde-se, como em tudo, a personagem com a ‘persona’, mas isso é sempre assim. Os atores nunca saem de si próprios, não se transformam em mais ninguém. E essa confusão também me agrada bastante”.
No final do ano deverá estrear-se na RTP uma série a partir das filmagens e que, segundo João Canijo, tem mais desenvolvimentos ficcionais de cada uma das personagens.
Comentários