São 21 concertos e uma performance repartidos pela Igreja da Pena, no Castelo de Leiria, Jardim Luís de Camões, Teatro José Lúcio da Silva e Stereogun, com “nomes absolutamente históricos”, mas também várias “bandas emergentes dentro do circuito alternativo”, explicou à agência Lusa o presidente da associação Fade In, que organiza o festival.
Parte significativa da programação integra “bandas com mais de 30 anos de carreira” e vários “nomes muito impactantes”, destacou Carlos Matos
Os suíços The Young Gods são a banda mais mediática num cartaz que conta com Clock DVA, Esplendor Geométrico ou Corpus Delicti – “uma banda histórica que voltou agora ao ativo”. Entre os emergentes, as atenções estão viradas para De Nuit, Walt Disco, Dits ou Lili Refrain.
“E há ainda a ‘cereja no topo do bolo’, que é a performance multidisciplinar de Ultima Vez, uma companhia de dança do belga Wim Vandekeybus, com a participação especial do performer Olivier de Sagazan”, que “terá um impacto absolutamente fabuloso no Teatro José Lúcio da Silva”.
O organizador antecipa “uma edição muito dinâmica” onde, como habitualmente, cabe um largo espetro de estilos, e mais ainda na “maior edição de sempre”:
“O Extramuralhas, embora tenha o epíteto de festival gótico, abraça muitos movimentos musicais com estéticas diferentes entre si: desde o post-punk, ao dark wave, a minimal wave, o rock gótico, sim. Mas também o noise rock, a música neoclássica, a música ritualística e a música techno, também”.
Entre os 22 nomes em cartaz há projetos de 13 nacionalidades europeias, além de duas bandas portuguesas. Metade dos espetáculos tem entrada gratuita o que, segundo Carlos Matos, vai ao encontro da preocupação da Fade In com a inclusão.
“O facto de ter quase 50% da programação com acesso gratuito faculta a hipótese a pessoas que não têm conhecimento destes movimentos estéticos de usufruírem e de terem conhecimento pela primeira vez de determinadas bandas e géneros musicais”, notou.
A iniciativa de abrir concertos ao público começou nos anos mais recentes do festival e tem surtido efeito:
“Há um público jovem que está a aderir ao momento. É muito interessante usarmos a parte da programação de acesso gratuito para fazer público a médio ou breve prazo”.
Novidade este ano é a adoção de um lema, “Igualdade e respeito não têm género”. Segundo Carlos Matos, a intenção é “combater qualquer tipo de discriminação racial ou de género”.
O festival começa no dia 24 de agosto com concertos de Lili Refrain (Itália), Venin Carmin (França), Ductape (Turquia), The Young Gods (Suíça) e Lith Li (Espanha) e a performance multidisciplinar “Hands do not touch your precious me”, da companhia belga Ultima Vez, de Wim Vandekeybus.
A 25 de agosto atuam em Leiria Capela das Almas (Portugal), Twin Noir (Alemanha), Esplendor Geométrico (Espanha), Clock DVA (Inglaterra), Ditz (Inglaterra), Corpus Delicti (França), Denuit (França) e Melanie Havens (Alemanha).
Para o último dia do Extramuralhas, 26 de agosto, estão previstos espetáculos de Iamtheshadow (Portugal), Girls in Synthesis (Inglaterra), Gggolddd (Países Baixos), Grave Pleasures (Finlândia), Walt Disco (Escócia), Das Ich (Alemanha), Leæther Strip (Dinamarca) e Eskil Simonsson (Suécia).
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