Num comunicado enviado às redações, a promotora Música no Coração anunciou o adiamento da 12ª edição do Sumol Summer Fest, da 26ª edição do Super Bock Super Rock e da 24ª edição do MEO Sudoeste para 2021.

"Fazemo-lo por motivo de força maior, em pleno cumprimento das indicações das autoridades competentes, e em nome da segurança e do bem-estar dos nossos públicos e de todos os envolvidos na realização dos Festivais, a nossa primeira prioridade. A todos eles, o nosso muito obrigado", lê-se na nota.

A decisão foi tomada fruto da aprovação no parlamento na quinta-feira da proibição, até 30 de setembro, da realização de “festivais e espetáculos de natureza análoga”.

Como tal, o Sumol Summer Fest, marcado para os dias 3 e 4 de julho deste ano, vai apenas regressar ao Parque de Campismo da Ericeira a 2 e 3 de julho de 2021. Da mesma forma, o Super Bock Super Rock, que deveria acontecer na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, entre os dias 16 e 18 de julho, passa para os dias 15, 16 e 17 do mesmo mês em 2021.

Já no que toca ao Meo Sudoeste, o festival ia ter regresso marcado para os dias 4 a 8 de agosto na Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, vai passar ser organizado entre os dias 3 e 7 de agosto de 2021, no mesmo local

A promotora informa que "os bilhetes já adquiridos são válidos para as novas datas, não sendo necessária troca ou emissão de novo bilhete".

Para já, a Música no Coração garantiu, pelo menos, que Trippie Redd, Burna Boy, SAINt JHN, Piruka e Nenny,  artistas confirmados para esta edição do Sumol Summer Fest, "estão já confirmados para as novas datas em 2021". Ainda não houve qualquer confirmação de artistas para o Super Bock Super Rock e o Meo Sudoeste.

Depois da aprovação da proibição da realização de “festivais e espetáculos de natureza análoga”, a discussão do projeto de lei da autoria do Governo segue agora na especialidade, na comissão parlamentar de Cultura, onde será também votada, antes da votação final global em plenário, que deverá acontecer na próxima semana.

A proposta define que os “festivais e espetáculos de natureza análoga”, marcados até 30 de setembro, só serão permitidos com lugares marcados e regras de distanciamento. No entanto, não define o que são “festivais e espetáculos de natureza análoga” e essa questão foi levantada na quinta-feira por alguns deputados, puxando a Festa do Avante, agendada para o início de setembro, para a discussão.

O projeto de lei do Governo é aplicável ao reagendamento ou cancelamento de espetáculos não realizados entre os dias 28 de fevereiro de 2020 e 30 de setembro de 2020, e quem comprou bilhete para eventos dentro daquele período, só poderá pedir o reembolso a partir de 01 de janeiro de 2022.

Até lá, estabelece a proposta de lei, pode pedir a troca do bilhete por um vale “de igual valor ao preço pago”, válido até 31 de dezembro de 2021, e esse vale pode ser utilizado na “aquisição de bilhetes de ingresso para o mesmo espetáculo a realizar em nova data ou para outros eventos realizados pelo mesmo promotor”.

“Caso o vale não seja utilizado até ao dia 31 de dezembro de 2021, o portador tem direito ao reembolso do valor do mesmo, a solicitar no prazo de 14 dias úteis”, lê-se no documento.