Iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da Comissão Europeia, as JEP são um evento cultural que envolve mais de 70.000 atividades, em termos globais, com o objetivo de sensibilizar para o património comum da Europa, e para a necessidade da sua contínua proteção.
De acordo com um comunicado da DGPC, em Portugal as atividades deverão alcançar um público estimado de 250 mil pessoas em todo o país, e serão de entrada livre na sua maioria, sendo de acesso gratuito nos equipamentos tutelados, quando os visitantes participarem nas atividades, hoje e no sábado.
No domingo, a entrada nos equipamentos da DGPC – museus, monumentos e palácios – é gratuita para todos os visitantes.
A DGPC, entidade que coordena a programação e divulgação das JEP a nível nacional, convidou as entidades públicas e privadas a associarem-se a estas jornadas para organizarem atividades para o público.
Pela primeira vez, a Fortaleza de Peniche vai acolher atividades no âmbito das JEP, que incluem um roteiro pela vila, a celebração do visitante cem mil, e a fuga de Álvaro Cunhal contada por marionetas.
“Sem tirar a importância de todas as iniciativas, porque todas são importantes, eu gostava de salientar que, pela primeira vez, se vão realizar na Fortaleza de Peniche as Jornadas Europeias do Património”, disse há uma semana à agência Lusa Paula Silva, diretora-geral do Património Cultural (DGPC).
A Fortaleza de Peniche, no distrito de Leiria, onde funcionou a antiga prisão política do Estado Novo, abriu ao público no dia 25 de Abril deste ano, com uma exposição intitulada “Por teu livre pensamento”, e tem ainda em construção o futuro Museu Nacional Resistência e Liberdade.
Hoje, realiza-se na fortaleza, às 12:00, uma cerimónia com a presença da diretora-geral Paula Silva, e de membros da Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica (CICAM), entre eles Domingos Abrantes, Fernando Rosas e Manuela Bernardino.
“Temos atividades mais improváveis, mas que mostram o espírito criativo que nós queremos que as jornadas também tenham, e o tema deste ano tem feito com que haja adesão de outras entidades menos prováveis”, disse Paula Silva.
Pretende-se com este tema “destacar as muitas facetas do património ligadas às artes, como fonte de entretenimento, e ao lazer, que nos permitem a todos viver outras dimensões da vida quotidiana, apropriando-nos de uma parte da cultura, tornando-nos autores, especialistas, guardiões e protagonistas”, sublinha a diretora.
No Funchal, o Palácio de São Lourenço vai abrir portas, hoje e sábado, para visitas ao monumento e jardins, mostrando telas de Lourdes Castro e António Areal raramente vistas, segundo o gabinete do representante da República. O programa inclui um encontro denominado “Olhares sobre o Palácio — Incorporações de arte no Palácio de São Lourenço: Lourdes Castro e António Areal”.
As celebrações, sob diversos formatos – desde festivais, visitas guiadas, oficinas, exposições, espetáculos – prolongam-se desde finais de agosto a outubro, consoante a programação dos vários países participantes.
Celebradas nos 50 Estados signatários da Convenção Cultural Europeia, as JEP evidenciam a diversidade das tradições e saberes locais, estilos arquitetónicos e obras de arte que, no seu conjunto, constituem o património europeu.
Lançadas pelo Conselho da Europa em França, no ano de 1985, as JEP são organizadas conjuntamente com a Comissão Europeia desde 1999.
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